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O que é uma instituição financeira e quais tipos existem?

Muitas pessoas já ouviram falar nesse termo, mas não sabem qual é a definição exata para esse tipo de instituição

(Getty/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 08h32.

Última atualização em 11 de abril de 2024 às 14h00.

Instituição financeira: de fato, muitas pessoas já ouviram falar nesse termo, mas não sabem qual é a definição exata para esse tipo de instituição.

Afinal, quais são as instituições que se caracterizam dentro dessa área? Seriam apenas as empresas que lidam com os diversos tipos de investimento ou também estão nessa categoria empresas de crédito?

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Para saber como se dá a classificação das instituições financeiras, leia o artigo abaixo.

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O que são instituições financeiras?

Instituições financeiras são aquelas que atuam no setor financeiro de maneira abrangente. Ou seja: vai muito além dos bancos comerciais (mais conhecidos da maioria dos brasileiros), envolvendo corretoras de valores, bancos de investimentos, entre outros.

Sendo assim, quando alguém perguntar o que é instituição financeira, basta dizer que são empresas que atuam de alguma forma no setor financeiro.

Por exemplo: corretoras que lidam com o investimento em ativos de renda fixa ou renda variável, empresas de concessão de crédito, instituições com a função de conceder pagamentos de programas do governo e outras entram nessa classificação.

O que são instituições financeiras não-bancárias?

As instituições financeiras não bancárias são aquelas, que apesar de apresentarem um grande leque de opções de serviços financeiros não podem realizar uma atividade que é exclusiva dos bancos: receber depósito à vista.

Soma-se a isso, a impossibilidade dessas instituições “criarem dinheiro novo” por meio da liberação de crédito aos agentes tomadores da sociedade, que são advindos da captação de recursos por meio de aplicações em renda fixa.

Dessa maneira, podem ser classificadas como instituições financeiras não bancárias, as corretoras de valores mobiliários, os bancos de investimentos, as seguradoras, entre outras.

Como funcionam as instituições financeiras?

As instituições financeiras atuam como intermediárias entre aqueles que precisam de dinheiro (ou seja, tomadores de crédito) e entre aqueles que desejam investir o seu dinheiro (ou seja, aqueles que desejam conceder crédito).

Sendo assim, um investidor aloca capital em um produto financeiro nessa instituição, que pode ser um ativo de renda variável ou fixa, e o tomador de crédito pegar aquele valor para suas operações.

A instituição financeira fica com a diferença entre a taxa de investimentos e a taxa do empréstimo, chamado de spread.

Por exemplo: um investidor pode alocar capital em um LCA ou LCI, que vai financiar atividades do agronegócio ou do setor imobiliário, respectivamente.

Além disso, em uma corretora de valores é possível fazer a subscrição de ações ou fundos imobiliários para que as empresas façam caixa e cresçam as suas operações.

Quais são as instituições financeiras?

Existem diversos tipos de instituições financeiras, cada uma delas com suas particularidades e voltada para um público específico:

1. Banco comercial

Em primeiro lugar, o banco comercial é o tipo mais conhecido entre as instituições financeiras, podendo ser públicos ou privados.

Sendo assim, sua função é a de captar recursos através de depósitos feitos pelos correntistas, trabalhando também com a intermediação de ativos financeiros entre credores e tomadores de crédito.

De fato, muitas pessoas que fazem uso do sistema financeiro acabam apenas conhecendo esse tipo de empresa, pois são as mais populares.

2. Banco de investimento

Em segundo lugar, está o banco de investimento, um tipo de instituição que tem por objetivo principal a administração de recursos de terceiros.

Dessa forma, esses bancos direcionam os valores que seus investidores alocam para a compra de produtos financeiros, como ações, debêntures, fundos de investimentos dos mais variados tipos e outros.

3. Banco de câmbio

Como o próprio nome indica, o banco de câmbio trata-se de uma instituição financeira voltada para operações de câmbio – ou seja, a compra e venda de moedas estrangeiras, como dólar, euro, iene e outras.

4. Banco múltiplo

O banco múltiplo possui diversas funções, como a de investimento, câmbio e outras.

5. Outros tipos de banco

Além dos bancos já citados aqui, existem dois bancos de natureza pública que possuem particularidades que merecem ser citados separadamente.

6. Corretoras de Valores

As corretoras de valores trabalham com a intermediação entre o mercado financeiro e seus investidores. Através do home broker, é possível comprar e vender ativos de renda fixa e variável.

Hoje em dia, diversas corretoras já possuem taxa zero, então cada investidor deve selecionar com cuidado qual é a melhor corretora para a sua realidade.

7. Gestoras de recursos

As gestoras de recursos (popularmente conhecidas como asset managers ) são instituições criadas com a função de gerir o patrimônio de terceiros, sejam pessoas físicas ou jurídicas.

Assim, eles podem gerir fundos de investimentos com estratégias diferentes para cada tipo de cliente de acordo com sua preferência.

8. Fintechs (bancos digitais, empresas focadas em empréstimo etc.)

Fintechs, de fato, são empresas que têm ganhado muita notoriedade por conta do seu apelo cada vez maior aos clientes, pois unem tecnologia e serviços financeiros, facilitando a vida de seus usuários.

Além disso, o seu próprio nome já dá a entender a natureza de sua atividade: finanças + tecnologia = fintech. Grandes empresas do setor já atuam no Brasil e no mundo todo.

Empresas desse tipo ajudam até mesmo que os investidores aloquem o seu capital em renda variável com mais facilidade, por exemplo, trazendo cada vez mais pessoas para atuarem no mercado financeiro.

9. Cooperativas de crédito

As cooperativas de crédito oferecem serviços financeiros aos seus associados, sendo entidades que não possuem fins lucrativos.

Essas instituições podem realizar atividades como a captação de depósitos de seus associados, obtenção de empréstimos, concessão de crédito e até mesmo a realização de investimentos no mercado financeiro.

10. Instituições de microcrédito

Já as instituições de microcrédito atendem as demandas de empréstimo para micro e pequenos negócios.

De fato, essas são empresas que, apesar de terem um grande potencial de rentabilidade e de multiplicação de capital a seus sócios, podem passar por dificuldades para conseguirem crédito.

11. Companhias hipotecárias

Por fim, as companhias hipotecárias são instituições que possuem o objetivo de conceder empréstimos para financiar atividades no setor imobiliário.

Vale notar que é possível investir no setor imobiliário de diversas formas: seja através de CRIs, de LCIs e até mesmo de fundos imobiliários, que possuem uma grande variedade de opções.

Exemplo de instituições financeiras

Agora que você já sabe as classificações das instituições financeiras, é hora de conhecer um pouco mais aquelas que atuam aqui no Brasil.

Antes, porém, é importante reforçar que as instituições financeiras são aquelas que fazem parte da composição de todo o Sistema Financeiro Nacional.

Dentre essas instituições, é possível citar, entre as mais conhecidas:

E, somam-se a elas, a instituição mais forte dentro do Sistema Financeiro Nacional e que tem como principal objetivo, realizar a fiscalização de todas as instituições financeiras, o Banco Central do Brasil (BACEN)

Banco Central do Brasil (BACEN)

O Banco Central do Brasil foi criado em 31 de dezembro de 1964, por meio da lei 4.595 e suas atividades tiveram início em março de 1965.

Entre as funções do Banco Central estão ser agente financeiro do governo, o gestor cambial, por meio da compra e da venda de divisas, ser o banco dos bancos e principalmente, executar a política monetária do país, por meio do Comitê de Política Monetária (COPOM).

Através do COPOM, o Banco Central define a taxa básica de juros da nossa economia, que irá ditar não só os rumos da economia, como a expansão, retração, mas também os indicadores de inflação e a remuneração das aplicações de renda fixa.

Atualmente, em virtude da Lei Complementar n°179 de 24 de fevereiro de 2021, o Bacen se tornou autônomo, ou seja, seu objetivo continua sendo a estabilidade da moeda (controle da inflação).

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