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O que é fluxo de caixa? Como aplicar? Quais os tipos?

Saiba mais sobre essa importante métrica financeira

 (svetikd/Getty Images)

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Publicado em 3 de janeiro de 2024 às 09h00.

Última atualização em 4 de janeiro de 2024 às 14h09.

O fluxo de caixa é uma ferramenta fundamental para a gestão financeira de uma empresa. No artigo abaixo, você entenderá o que é esse conceito, suas vantagens e como fazer um para o seu negócio.

O que é fluxo de caixa?

Para entender o que é fluxo de caixa, é importante saber que ele leva em conta os valores existentes em caixa, além dos aportes feitos por investidores e sócios, bem como o dinheiro em conta da empresa.

Essa é uma métrica financeira que permite acompanhar a entrada e a saída de capital de uma empresa.

A sua estruturação vai depender das necessidades de cada um, se é um grande ou pequeno negócio e também da natureza da companhia que está sendo avaliada.

O resultado final de seus cálculos é o saldo disponível, ou seja, a diferença entre o valor total recebido e os pagamentos realizados no mesmo período. Muitos fazem fluxo de caixa de investimentos para avaliar ações de uma empresa.

Qual a diferença entre fluxo de caixa e controle de caixa?

O fluxo de caixa e o controle de caixa são termos relacionados à gestão financeira, mas têm propósitos distintos.

Primeiramente, o controle de caixa refere-se ao acompanhamento diário das entradas e saídas de dinheiro em um negócio, proporcionando uma visão imediata da liquidez.

Portanto, ele foca na movimentação de valores em caixa e na conta bancária, sendo fundamental para garantir que as transações estejam alinhadas com as operações diárias e para que seja possível fazer transferências quando necessário, seja em Pix ou TED.

Por outro lado, o fluxo de caixa é uma análise mais abrangente que contempla projeções futuras, considerando receitas e despesas ao longo de um período determinado. Ele antecipa a disponibilidade de recursos e ajuda na tomada de decisões estratégicas.

Ou seja: enquanto o controle de caixa é mais operacional e imediato, o fluxo de caixa oferece uma visão mais ampla e orienta a gestão financeira de forma planejada e preventiva. 

Como fazer um fluxo de caixa? Exemplo de fluxo de caixa

Para fazer o cálculo do fluxo de caixa, é necessário seguir alguns passos:

  1. Verificar o dinheiro em caixa, incluindo dinheiro existente no caixa ou depositado em conta-corrente nos bancos, entre outros.
  2. Lançar diariamente as vendas e as despesas.
  3. Projetar esses valores, estipulando alguns resultados esperados, levando em conta os custos comuns e a margem de lucro.
  4. Lançar os pagamentos e recebimentos futuros.
  5. Calcular o saldo disponível, sendo a diferença entre o valor total recebido e os pagamentos realizados no mesmo período.
  6. Tomar decisões embasadas na realidade, como avaliar a necessidade de capital de giro.

Existem diversas ferramentas disponíveis para fazer uma planilha de fluxo de caixa, tanto gratuitas quanto pagas.

O que devo registrar no fluxo de caixa?

No registro do fluxo de caixa, é crucial incluir todas as entradas e saídas de dinheiro, como receitas de vendas, pagamentos de fornecedores, despesas operacionais, investimentos e empréstimos.

De fato: detalhes sobre recebimentos e pagamentos, datas e categorias são essenciais para uma visão precisa da liquidez. Com um bom controle de fluxo de caixa, pode-se empreender mesmo com pouco dinheiro.

Ao documentar minuciosamente as transações diárias, o fluxo de caixa proporciona uma compreensão clara das finanças, facilitando uma boa gestão e ajudando a tomar decisões importantes no dia a dia da companhia.

Quais os principais erros ao fazer fluxo de caixa?

Para evitar equívocos, é essencial manter registros precisos, considerar todas as variáveis relevantes e atualizar regularmente o fluxo de caixa, garantindo uma ferramenta confiável para a gestão financeira.

No entanto, ao elaborar um fluxo de caixa, diversos erros podem comprometer sua eficácia. Um equívoco comum é negligenciar despesas variáveis, levando a projeções imprecisas.

Além disso, outro erro é não considerar sazonalidades que afetam receitas e despesas. Uma falta de detalhamento nas categorias pode obscurecer insights importantes.

A procrastinação na atualização do fluxo de caixa reduz sua utilidade, tornando-o menos responsivo às mudanças.

Além disso, subestimar custos futuros e depender exclusivamente de vendas a prazo pode levar a análises otimistas e decisões equivocadas.

A ausência de um plano de contingência para imprevistos financeiros é um erro significativo. Por isso, é importante ter uma reserva de emergência.

Por que fazer um fluxo de caixa?

Primeiramente, isso dá ao gestor empresário uma visão da saúde financeira atual e futura do negócio. É um indicador econômico fundamental para empresas.

Com esse resultado financeiro, é possível antecipar situações financeiras, como a falta de dinheiro para pagar fornecedores ou funcionários, e se preparar para elas.

O controle e a gestão dessa métrica são muito importantes para que o empresário tenha subsídios para uma tomada de decisão financeira na gestão do negócio.

Por fim, muitos investidores fazem o cálculo para verificar se vale a pena investir em uma empresa ou não.

Qual é a importância do fluxo de caixa?

O fluxo de caixa é uma ferramenta fundamental: primeiramente, ele permite avaliar as entradas e as saídas de recursos e a disponibilidade de capital de giro.

Além disso, ele possibilita que o empreendedor tenha uma visão financeira do presente e do futuro da empresa.

Dessa forma, pode-se antecipar algumas situações e tomar medidas preventivas para evitar comprometer o bom andamento das atividades.

Através do seu cálculo, o empreendedor pode saber se o negócio está financeiramente saudável e projetar o futuro. Isso pode ajudar a empresa a aumentar seu lucro líquido ao longo do tempo.

Quais são as vantagens do fluxo de caixa?

Algumas das principais vantagens são, primeiramente, o fato de permitir avaliar a saúde financeira da empresa, tendo visibilidade dos gastos e lucros

Pessoas físicas podem cuidar de sua entrada e saída de caixas através de uma planilha de gastos pessoais, que também ajuda a controlar as finanças.

Além disso, ajuda a controlar as finanças e a organizar as ações da empresa, permitindo prever, planejar e gerir entradas e saídas em um período determinado.

Ele, ainda, facilita a tomada de decisões, permitindo que o empreendedor tenha uma visão financeira do presente e do futuro da empresa. Também garante maior transparência, melhorando o clima organizacional.

Com que frequência devo fazer o fluxo?

A frequência ideal para fazer o fluxo de caixa pode variar de acordo com o tipo de negócio e suas particularidades. Afinal, a companhia ser um pequeno negócio ainda em crescimento ou uma grande empresa.

No entanto, é importante que seja feito com regularidade, de preferência diariamente ou semanalmente, para que se tenha uma visão atualizada da situação financeira da empresa.

É possível identificar possíveis problemas e tomar medidas preventivas para evitar que a situação se agrave.

Esse fator ajuda, por exemplo, a diminuir a dívida líquida quando ela atinge níveis preocupantes.

Quais são os tipos de fluxo de caixa?

Fluxo de caixa operacional

Primeiramente, esse é o modelo mais básico de controle de caixa, onde se lista as receitas e as despesas da empresa em um determinado período.

Fluxo de caixa direto

É um método em que são registradas as entradas e as saídas de caixa das atividades operacionais da empresa.

Fluxo de caixa indireto

Consiste em um método em que se parte do lucro líquido e se ajusta às receitas e despesas que não afetam o caixa, para chegar ao fluxo de caixa das atividades operacionais.

Fluxo de caixa projetado

Trata-se de uma projeção futura das entradas e saídas de recursos financeiros de uma empresa.

Fluxo de caixa livre

Essa métrica é o saldo de caixa que fica disponível em uma empresa após o pagamento de todas as obrigações financeiras, como dívidas, despesas com aluguel, salários, entre outros

Como analisar o fluxo de caixa?

Analisar o fluxo de caixa é crucial para compreender a saúde financeira de uma empresa e tomar decisões informadas.

Primeiramente, examine o fluxo de caixa operacional, destacando entradas e saídas relacionadas às atividades principais do negócio. Identifique padrões e tendências ao longo do tempo para antecipar desafios ou oportunidades.

Em seguida, atente-se ao fluxo de caixa de investimento, avaliando aportes e retiradas de recursos em ativos de longo prazo. Isso proporciona insights sobre a estratégia de crescimento e o retorno de investimentos, além de organizar os investimentos do jeito certo.

Por fim, analise o fluxo de caixa de financiamento, que reflete fontes e usos de capital externo. Avalie empréstimos, pagamento de dividendos e emissões de ações para entender a estrutura de financiamento.

Ao comparar essas três seções, é possível ter uma visão abrangente da saúde financeira. Esteja atento aos índices de liquidez, como o capital de giro, e considere cenários diversos para preparar a empresa para variações no mercado. 

5 dicas para um bom fluxo de caixa

Para ajudar a manter o controle dessa medida financeira de maneira eficiente, aqui estão cinco dicas importantes:

  1. Defina um horizonte de tempo que corresponda ao ciclo operacional da empresa, para que se tenha uma visão atualizada e precisa da sua situação financeira.
  2. Identifique movimentações periódicas, como receitas e despesas, para que se possa prever e planejar entradas e saídas em um período.
  3. Registre todas as movimentações financeiras, desde os recebimentos de clientes até os pagamentos, investimentos em ativos financeiros, compras e despesas para ter uma visão clara das entradas e saídas de recursos.
  4. Identifique onde o dinheiro está sendo gasto, para que se possa fazer ajustes e reduzir custos.
  5. Faça os cálculos com regularidade para que se tenha um acompanhamento próximo das atividades da companhia.

Se você quer aprender mais sobre fluxo de caixa, finanças pessoais, investimentos e economia, confira nossos outros artigos abaixo:

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