O que é planejamento financeiro? Saiba como organizar seus investimentos e gastos
Administrar bem o dinheiro evita problemas futuros e traz melhores retornos financeiros. Veja como fazer um planejamento financeiro
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Um retrato das finanças: sistema do Banco Central permite que cidadãos e empresas visualizem todas as informações financeiras em um só lugar (Narumon Bowonkitwanchai/Getty Images)

Publicado em 6 de abril de 2023, 11h46.
Se organizar financeiramente é um desafio para a maioria das pessoas. Porém, compreender e planejar o futuro é a base para garantir uma vida mais tranquila, seja para você ou sua família. Nesse sentido, para saber como organizar seus investimentos e administrar seus gastos, entender como funciona um planejamento financeiro é essencial.
Se você quer aprender como fazer planejamento financeiro e garantir uma boa saúde financeira e a realização de bons investimentos, confira a leitura abaixo.
O que é planejamento financeiro?
Planejamento financeiro é um conjunto de ferramentas e medidas que podem ser adotadas no intuito de ter maior controle sobre o próprio dinheiro. Em outras palavras, é uma forma de planejar melhor o futuro, colocando em prática conceitos básicos de educação financeira.
Dessa forma, ter um planejamento financeiro pessoal é uma forma de definir metas e objetivos, como viagens de férias, aquisição de bens, ou até mesmo colocar em prática um plano de independência financeira, que é algo muito buscado entre muitos investidores.
Em suma, todo o conjunto composto por sonhos e objetivos que envolvem conquistas a serem realizadas por recursos financeiros, pode ser entendido como o objetivo final de um planejamento financeiro. Mas afinal, como fazer planejamento financeiro, na prática?
Como fazer um planejamento financeiro?
O ato de administrar recursos de maneira mais eficiente e ter uma maior saúde financeira requer 5 medidas básicas:
- Controle de gastos;
- Planejar metas;
- Quitar dívidas;
- Poupar e ter uma reserva financeira;
- Investir de forma inteligente.
Controle de gastos
O primeiro passo de como fazer um planejamento financeiro é controlar os gastos, que é algo que deriva da mudança de comportamentos habituais. Nesse contexto, é preciso manter um equilíbrio entre o que é realmente necessário e o que não é tão importante ou supérfluo para destinar o dinheiro.
Por isso, não se trata apenas de estudar um método que te leve a um bom planejamento financeiro, mas entender que é necessária uma boa disciplina, além de muita vontade para colocar os novos hábitos de controle de gastos em prática.
Para ter um bom planejamento financeiro, é preciso ter um maior controle dos dados e informações. Nesse sentido, é fundamental uma reflexão sobre autoconhecimento, avaliando a situação financeira atual, e colocando em um caderno ou planilha todos os seus gastos fixos e eventuais despesas extras.
Há também uma série de aplicativos que auxiliam neste controle. Contudo, uma planilha de Excel, por exemplo, pode ser uma alternativa eficiente para se usar como planejador financeiro pessoal.
Planejar metas
Feito o levantamento de dados, é importante entender o que se busca com esse planejamento financeiro. Com isso, duas perguntas pertinentes são: “qual seu objetivo de curto, médio e longo prazo?” e “como pretende viver os próximos anos?”
Dessa forma, refletir sobre essas questões pode trazer objetivos mais práticos que podem ser melhor trabalhados durante esse planejamento financeiro.
O sonho da casa própria, por exemplo, pode ser um desses objetivos. Assim, é possível calcular quanto precisa para adquirir o imóvel dos sonhos e, a partir disso, passar a trabalhar em cima desse plano.
Entendendo seus objetivos pessoais e o que pode ser alcançado posteriormente, permite compreender melhor qual a importância do planejamento financeiro.
Quitar dívidas
Uma das dicas para se ter um bom planejamento financeiro também é uma das bases da educação financeira: não gastar mais do que se ganha e evitar dívidas. Em outras palavras, o seu estilo de vida deve ser condizente com seus recursos recebidos de forma periódica.
O cartão de crédito, por exemplo, pode ser um dos aliados do consumidor consciente e comprometido com seu planejamento financeiro. Por outro lado, deixar a fatura atrasada e pagar altos juros cobrados por eventuais acordos e atrasos pode atrapalhar o plano, além de possibilitar a geração de dívidas.
Alguns empréstimos pessoais e financiamentos com juros abusivos podem não só impactar no seguimento do planejamento financeiro, mas também gerar pendências relevantes.
Assim, quitar dívidas deve ser um dos primeiros objetivos a serem alcançados. Mas, além disso, evitar novas dívidas também é fundamental para seguir o plano com mais tranquilidade.
Poupar e ter uma reserva financeira
Embora um planejamento financeiro possa compreender períodos de curto e médio prazo, ter um pensamento de longo prazo é importante quando se fala em organização financeira. Pois, o foco na construção de patrimônio só é possível com consistência e paciência. Para isso, é necessário criar o hábito de poupar dinheiro.
A partir do momento que se tem novos hábitos e se consegue poupar dinheiro, é importante que se construa uma reserva de emergência, já que, pensando no longo prazo, eventualidades podem ocorrer, em que sejam necessários gastos imprevisíveis.
Possuir alternativas de fonte de renda enquanto se evita o pagamento de juros ou taxas provenientes de empréstimos é importante para o foco no longo prazo. Uma vez que isso se torna um hábito e os frutos desse comportamento só são mais bem percebidos após passado algum tempo e não necessariamente de forma imediata.
Investir de forma inteligente
Para ser realizado um bom planejamento financeiro, também é preciso investir de forma inteligente, de modo a entender a dinâmica de mercado. Nesse caso, é importante entender a influência da curva de juros e o cenário macroeconômico para a tomada de decisão nos investimentos.
Quando os juros estão altos, “emprestar” dinheiro para o governo ou companhias privadas, via títulos públicos ou títulos de crédito privado pode ser uma das alternativas, ou seja, em investimentos de renda fixa.
Já quando os juros estão baixos, existem mais oportunidades na renda variável, como fundos imobiliários e ações, uma vez que o custo de oportunidade para renda fixa se torna menos interessante nesse contexto. Além disso, pode ser um ótimo momento para dar uma boa entrada e financiar um imóvel próprio a juros baixos.
Assim, dado os eventos econômicos e a incerteza que eles criam, juntar essas “peças do quebra-cabeça” é uma parte fundamental para obter uma imagem melhor do quadro geral. Portanto, pode-se desenvolver um plano mais sólido de como devemos gastar/poupar o dinheiro e escolher melhores investimentos em diferentes cenários.
Como o mercado é imprevisível e existem diferentes cenários que muitas vezes não podem ser antecipados, construir uma carteira de investimentos diversificada é a melhor opção. Assim, é possível gerenciar os riscos e estar preparado para contextos econômicos diversos.
A gerência de gastos, assim como os investimentos e o desempenho da carteira podem ser juntamente analisados em uma única planilha de planejamento financeiro, tornando o processo mais simples de ser analisado e seguido.
A disciplina financeira é a base de qualquer planejamento. Começar a se organizar quanto antes e administrar bem o dinheiro não apenas evita problemas futuros, mas gera melhores retornos financeiros.
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