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Poupança: o que você precisa saber antes de investir nela?

A poupança é considerada um investimento de baixo risco, logo, é uma das opções mais seguras para quem quer investir

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 (Getty/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2022, 11h00.

Em 2022, a poupança continua sendo um dos investimentos mais populares entre os brasileiros. Isso se deve principalmente à sua simplicidade: basta depositar o dinheiro na conta e esperar os juros acumularem. 

Além disso, a poupança é considerada um investimento de baixo risco, logo, é uma das opções mais seguras para quem quer investir. 

Apesar de ser uma das maneiras mais populares de economizar dinheiro, nem todo mundo entende como ela funciona. 

Para descobrir o que é a poupança, suas vantagens e desvantagens e muito mais, acompanhe esse artigo!

O que é a poupança?

A poupança é uma modalidade de investimento da renda fixa que tem como objetivo acumular recursos para um determinado fim. Ela é uma das opções mais tradicionais de investimento e também uma das mais seguras, pois não envolve riscos.

Na prática, você deposita seu dinheiro e o banco o mantém em segurança, rendendo juros sobre o valor depositado. 

O rendimento da poupança é calculado pelos bancos a partir da taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia. A Selic é definida pelo Banco Central (Bacen) e serve como parâmetro para as taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras.

Há duas maneiras principais de se investir em poupança: a poupança tradicional e a poupança automática. Na poupança tradicional, o cliente decide quanto irá depositar na conta e quando irá resgatar os recursos. 

Já na poupança automática, o cliente determina um valor mensal que será depositado automaticamente na conta, permitindo que o montante acumule mais rapidamente.

Vale lembrar que, seja qual for a instituição financeira escolhida, não é necessário comprovar renda nem pagar taxa para abrir conta poupança.

História da poupança no Brasil

A poupança é uma das formas mais antigas de economizar dinheiro e, no Brasil, ela tem um longo histórico. 

Seu surgimento se deu durante o Brasil Império, quando Dom Pedro II criou, em 1861, a Caixa Econômica Federal. A ideia era permitir que as pessoas depositassem dinheiro em uma instituição e recebessem juros por isso.

Com o passar dos anos, a poupança foi evoluindo e se adaptando às necessidades da população. 

Em 1915, por exemplo, um decreto autorizava mulheres casadas a abrir sua própria caderneta de poupança, desde que com a permissão do marido. 

Ainda em meados do século XX, com a criação do Banco Central do Brasil, a poupança ganhou novas regras e passou a ser regulamentada pelo governo. 

Em 1990, muitos brasileiros com dinheiro na poupança passaram por uma experiência muito traumática. 

Isso porque o Plano Collor determinou o congelamento por 18 meses de 80% dos depósitos das contas correntes e poupanças que excedessem o valor de 50 mil cruzados novos. Com o confisco, muitos poupadores ficaram impedidos de resgatar seu dinheiro.

Qual o rendimento da poupança em 2022?

As regras de remuneração da caderneta mudaram em 4 de maio de 2012. Antes dessa data, quem fizesse depósitos recebia um rendimento de 0,5% ao mês mais a variação da TR.

Já para os depósitos realizados a partir do dia 5 de maio de 2012, o rendimento da poupança seria calculado pelo desempenho da taxa Selic.

Nesses termos, atualmente o rendimento da poupança é calculado levando em conta uma dessas duas situações:

  • Selic acima de 8,5% ao ano: o rendimento da poupança será de 0,5% ao mês mais a variação da TR;
  • Selic igual ou abaixo de 8,5% ao ano: o rendimento da poupança será equivalente a 70% da Selic mais a variação da TR.

Lembrando que julho de 2022, a Selic se encontra em 13,25% ao ano. Nesse caso, o rendimento da poupança hoje é de 6% ao ano + TR.

Isso significa que, se você possui R$ 1.000,00 em sua conta poupança, seu rendimento será de R$ 60 por ano. Se você tiver R$ 50.000,00 na sua conta poupança, o seu rendimento será de R$ 3.000,00 por ano.

Vantagens e desvantagens da poupança

Em primeiro lugar, vale destacar que a poupança é simples e acessível. Qualquer pessoa que tenha um CPF consegue abrir uma conta bancária desse tipo. Também não há cobrança de taxas, nem de manutenção da conta.

Outra vantagem da poupança é que ela é uma das maneiras mais seguras de investir seu dinheiro. Logo, você não corre o risco de perder parte do seu dinheiro caso haja uma queda nos mercados financeiros.

Seu dinheiro acumulado na poupança está protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Dessa forma, caso o banco onde você tenha conta quebre, o FGC assegura a devolução do seu dinheiro. Porém, isso é feito respeitando o limite de até R$ 250.000,00 por CPF e conta em cada instituição, limitado ao teto de R$ 1 milhão.

No entanto, as desvantagens associadas à poupança pesam sobre os pontos positivos. 

Uma delas é que a poupança rende menos do que outros tipos de investimentos da renda fixa como títulos do Tesouro Direto e CDBs.

Além disso, outro ponto negativo é que os juros da rentabilidade só incidem sobre o saldo no chamado “aniversário da poupança“. Em outras palavras, os depósitos são remunerados a cada 30 dias. 

Sendo assim, se você aplicar R$ 5.000 hoje na poupança e sacar todo o dinheiro em até 29 dias, não receberá nenhuma rentabilidade pelo tempo em que o dinheiro ficou depositado.

Além disso, não poderíamos deixar de falar da inflação, que é um dos principais fatores que afetam a poupança. Ela pode ser definida como o aumento generalizado de preços de bens e serviços. 

A inflação faz com que o valor da moeda caia, o que significa que cada unidade de moeda comprará menos bens e serviços do que antes. Como resultado, as pessoas tendem a economizar menos, pois precisam gastar mais para comprar os mesmos bens e serviços. A inflação também reduz o valor real da poupança, uma vez que os juros pagos pelas instituições financeiras não acompanham o ritmo da inflação. 

Assim, para manter o valor real da sua poupança, é importante investir em produtos financeiros que possam render mais do que a taxa de inflação. Confira outros conteúdos como esse em nosso Guia de Investimentos, como:

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