"O Menino e a Garça" concorre a melhor animação no Oscar de 2024 (O Menino e a Garça/Divulgação)
Repórter de POP
Publicado em 2 de março de 2024 às 18h23.
Na corrida para o Oscar de 2024, o cenário para a categoria de melhor animação parecida ser pouco previsível. "Elementos" e "Homem-Aranha: através do Aranhaverso" listavam como favoritos, pelo menos na percepção da crítica especializada do Brasil. Isso porque "O Menino e a Garça" (Kimitachi wa Dō Ikiru ka, no título original, em japonês), nova e possivelmente última animação de Hayao Miyazaki, do Studio Ghibli, ainda não havia estreado por aqui.
A história é focada no menino Mahito, um jovem rapaz de 11 anos que, depois de perder a sua mãe em um incêndio, é obrigado a deixar a cidade de Tóquio para voltar para a aldeia onde cresceu. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele se instala com o seu pai em uma velha mansão, que fica próxima a uma torre misteriosa, e cruza com uma garça. Aos poucos, ela se torna a sua guia e o ajuda nas suas descobertas e questionamentos para compreender o mundo ao seu redor e desvendar os mistérios da vida.
Vencedor do Oscar por "A Viagem de Chihiro" (2003), Miyazaki segue mais um ano como favorito à premiação, na categoria de melhor animação. Em 2013, o cineasta havia acenado à imprensa que buscava pela aposentadoria, devido à idade. Agora, após o lançamento de "O Menino e a Garça", ele repete o discurso — Miyazaki tem 83 anos.
O filme, além de ser encarado como uma "despedida" do cineasta ao cinema, faz uma extensa homenagem a todas as outras animações do Studio Ghibli. No Japão, "O Menino e a Garça" já ultrapassou a marca dos U$ 13,2 milhões em bilheteria no primeiro fim de semana, e se tornou a maior estreia na história do estúdio.
O filme está em cartaz nos cinemas brasileiros desde 22 de fevereiro.
Apesar de ser uma animação, o filme não é recomendado para menores de 12 anos, por conter cenas de violência, com drogas lícitas e temas sensíveis.
O filme tem 124 minutos, equivalente a 2h e 4 minutos.