Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
Repórter de Invest
Publicado em 9 de junho de 2023 às 10h41.
Última atualização em 9 de junho de 2023 às 17h36.
O Ibovespa voltou do feriado de Corpus Christi em alta, e fechou esta sexta-feira, 9, conquistando um novo patamar de máxima no ano, aos 117.019 pontos. Com os ganhos de 1,3% no último pregão da semana, o principal índice da B3 conquistou sua sétima semana consecutiva de alta. O Ibovespa subiu 4% nesta semana.
Durante boa parte do dia, o índice avançou apoiado nas ações ligadas às commodities. A Petrobras (PETR4) subiu quase 5%, na contramão do petróleo no mercado internacional. A estatal concluiu hoje a transferência de 100% da participação no Polo Potiguar para a 3R. A operação foi aprovada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Mais cedo, os papéis da Vale também subiram junto com o minério de ferro. A commodity subiu 3,44% na China e atingiu o nível mais alto desde abril. O rali do minério acompanhou a expectativa de que o governo chinês vai tomar medidas para estimular a economia do país – maior consumidor de minério do mundo.
Porém, o movimento não se sustentou e as ações da mineradora e das siderúrgicas devolveram os ganhos.
Para além das commodities, o dia foi de alta generalizada na bolsa – entre as 86 ações do Ibovespa, apenas 24 fecharam esta sexta-feira em queda.
As ações ligadas à economia local continuam em queda com o fechamento da curva de juros. A divulgação do IPCA de maio abaixo do esperado na quarta-feira reacendeu as esperanças de um corte de juros por parte do Banco Central – o que é positivo principalmente para as ações mais ligadas dependentes do ciclo econômico.
O maior destaque de alta do dia fica com a CVC (CVCB3), que subiu quase 10%. A companhia anunciou a contratação dos bancos Citi e Itaú BBA para coordenarem a oferta de ações de pelo menos R$ 200 milhões que a empresa pretende fazer.
No exterior, os principais índices americanos fecharam a semana acumulando leve alta, em clima de expectativa. Por lá, investidores estão buscando antecipar os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
A próxima reunião da autoridade americana acontece nos dias 13 e 14 de junho. A maioria das projeções do mercado (66,2%) aposta em uma manutenção da taxa de juros, que atualmente está no patamar entre 5% e 5,25% ao ano, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.