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Remy Sharp
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As expectativas de que o Banco Central irá inicar em breve o ciclo de corte da taxa de juros Selic cresceram nesta quarta-feira, 7, com a divulgação do IPCA de maio.

O IPCA de maio ficou em 0,23%, recuando de 4,18% para 3,94% na comparação anual. O patamar é o mais baixo desde o dado referente ao mês de outubro de 2020. O consenso era de queda para 4,04%. Com a queda de maio, a inflação se aproxima ainda mais das metas do CMN, que para este ano é de 3,25%, dentro de uma banda de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.

Além do número cheio, Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos ressaltou que a forma como a inflação se comporotou em diferentes setores da economia deram maior confiança sobre o processo desinflacionário.  

A  média dos núcleos de inflação está arrefecendo, com a difusão da inflação caindo. Há um controle maior dos preços, sem aquela sensação ruim de que tudo está subindo de preço. A inflação de serviços também está recuando. Esses dados de inflação puxam ainda mais a curva para baixo e dá algum otimismo para ações mais dependentes juro baixo, como varejo e construção", comentou. 

Os números foram bem recebidos no mercado, com queda dos juros futuros de curto prazo e alta das ações, especialmente das mais ligadas ao ciclo da economia local. 

Espaço para cortes de juros

“O IPCA foi muito, muito bom. Foi a cereja do bolo dessa queda de inflação que temos visto no Brasil”, comentou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, explicou que esses números mais baixos também ajudam a reduzir a inércia da inflação para os próximos períodos.levando a revisões para baixo das expectativas de inflação. "Aumentou a chance de o Banco Central começar a cortar juros em agosto. 

Entre economistas, inclusive, fala-se que já haveria espaço para o Copom começar a cortar juros já na reunião do fim do mês.

André Perfeito é um dos economistas que defende essa ideia, mas não acredita que o BC irá efetivar o corte tão logo, dado o comunicado ainda cauteloso da última decisão do Copom.

"A questão na mesa é que não se pode dar “um cavalo de pau” na comunicação. Logo o que espero é ver sinalizações claras na próxima ata que há espaço para algum afrouxamento monetário no segundo semestre e isso já vai ajudar - e muito - o humor empresarial e a retomada da economia..", afirmou em nota.

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