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Bolsas desabam nos EUA e Nasdaq cai 4,1% um dia após Fed subir juros

Em dia com a bolsa brasileira fechada, índices no exterior tiveram forte queda nesta quinta-feira

Wall Street: ações em queda nesta quinta-feira com os riscos crescentes na economia global (MD Birdy/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2022 às 17h43.

Última atualização em 16 de junho de 2022 às 18h26.

Os índices acionários nos Estados Unidos despencaram nesta quinta-feira, 16, um dia após o Fed, banco central americano, promover sua maior alta de juros desde 1994. Os bancos centrais do Reino Unido e da Suíça também anunciaram altas de juros nesta quinta-feira, o que ajudou a dar o tom negativo das bolsas pelo mundo.

O índice Nasdaq, que tem as maiores empresas de tecnologia dos EUA, foi o mais afetado e terminou o dia em queda de 4,08%. Foi o menor nível do índice desde setembro de 2020, no primeiro ano de pandemia da covid-19.

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Outros índices americanos também despencaram: o S&P 500 caiu 3,25%, enquanto o Dow Jones caiu 2,42%.

A B3 não opera nesta quinta-feira, em meio ao feriado de Corpus Christi no Brasil. A bolsa brasileira volta a funcionar normalmente na sexta-feira, 17.

Com as quedas no pregão de hoje, o S&P 500 e o Nasdaq terminaram o dia 24% e 34% abaixo de suas altas históricas, respectivamente.

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Mais cedo, o banco central do Reino Unido anunciou aumento de sua taxa de juros de 0,25% para 1,25%.

O banco central da Suíça, por sua vez, surpreendeu ao anunciar o primeiro aumento de sua taxa de juros em 15 anos, de -0,75% para -0,25%. O consenso do mercado era de que a autoridade monetária suíça ainda não promoveria aumentos nesta semana.

Na semana passada, o Banco Central europeu também havia sinalizado que deve subir em julho suas taxas de juros, atualmente perto de zero.

Em linha com os mercados globais, o Stoxx 600, índice com as principais ações europeias, fechou o pregão em baixa de 2,31%.

Alta de juros nos EUA e no Brasil

A queda nos mercados globais acontece em meio ao temor de que as pressões inflacionárias e os efeitos da guerra na Ucrânia possam levar os Estados Unidos a um período de recessão.

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O Fed anunciou na quarta-feira elevação da taxa de juros dos Estados Unidos em 0,75 p.p, a maior alta no país de uma única vez desde 1994. A taxa de juros americana, que começou o ano quase zerada, está agora na faixa entre 1,5% e 1,75%.

Novos aumentos do Fed são esperados para as próximas reuniões, diante da inflação recorde nos EUA.

O principal índice inflacionário do país, o CPI, subiu 1% só no mês de maio e acumula alta de 8,6% em um ano, a maior desde 1981, época dos efeitos do choque do petróleo que fez o mundo entrar em período de "estagflação".

Também ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 p.p., indo a 13,25%. É o maior nível da Selic desde 2016, diante da inflação alta no Brasil e movimentos globais.

O aumento foi a 11ª alta consecutiva do Copom na Selic, em ciclo de aperto monetário iniciado em março de 2021 — quando a Selic estava em sua mínima histórica, em 2%. A maior parte do mercado espera que o Copom vá promover ainda outra elevação na taxa de juros na reunião de agosto, levando a Selic a 13,75%.

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