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Open Banking: o que é, como funciona e quais suas vantagens

Saiba mais por trás do fenômeno do open banking, que foi adotado recentemente no Brasil

(anyaberkut/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de abril de 2023 às 14h06.

Saiba mais por trás do fenômeno do open banking, que foi adotado recentemente no Brasil.

O Open Banking é uma revolução na indústria financeira que tem o potencial de transformar a forma como os consumidores lidam com seus dados bancários e financeiros.

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E, de fato, esse é um termo que tem ganhado cada vez mais relevância no setor financeiro, prometendo transformar a forma como as pessoas lidam com seus dados bancários e transações financeiras.

Ao permitir que diferentes instituições compartilhem dados entre si, o Open Banking pode oferecer aos consumidores mais opções e melhores serviços, além de uma maior concorrência entre as empresas.

Neste artigo, você vai entender as vantagens do Open Banking e como ele pode mudar a forma como os consumidores lidam com suas finanças para investir, financiar imóveis e mais.

O que é Open Banking?

O Open Banking consiste em um conjunto de tecnologias e regulamentações que possibilitam a integração de sistemas entre instituições financeiras para o compartilhamento de dados e serviços de clientes.

Quando se quer saber o que é open banking, é fundamental entender que um dos princípios fundamentais deste modelo é o consentimento do usuário.

Ou seja: as empresas devem compartilhar informações de um cliente apenas mediante solicitação e autorização do mesmo para a transmissão de dados para outra instituição.

Não se trata de um aplicativo ou produto em si, mas sim de um modelo que permite aos clientes solicitar que suas instituições financeiras compartilhem seus dados por meio de aplicativos já existentes dessas instituições.

O desenvolvimento do Open Banking no país pode originar novos produtos e serviços envolvendo investimentos, financiamentos e outros (desde que seguindo o conjunto de regras estabelecido para sua criação).

Cada país pode adotar o Open Banking de acordo com suas particularidades e liberar o compartilhamento de dados até certo nível.

O objetivo principal da aplicação dessas regras é estimular a concorrência, a eficiência e oferecer novos produtos ao consumidor final.

O que muda com o Open Banking?

Com a implementação do Open Banking, há a permissão do compartilhamento de dados e serviços financeiros entre instituições.

Para as empresas, haverá uma competição pela atenção do consumidor, pois não é garantido que o cliente utilizará os serviços de uma instituição mesmo possuindo uma conta nela.

Nesse sentido, a empresa que oferecer a melhor experiência em serviços financeiros terá mais chances de atrair clientes – assim como as fintechs começaram a fazer anos atrás.

Além disso, os clientes têm maior controle sobre o acesso aos seus dados, o que facilita a abertura de contas e a aquisição de produtos em diferentes empresas simultaneamente.

Ou seja: com o Open Banking, haverá um equilíbrio entre os participantes do sistema financeiro, incentivando a inovação e a criação de novos produtos e serviços.

Os bancos tradicionais, que possuem uma grande variedade de produtos, precisarão investir mais em experiência do cliente, enquanto as fintechs, que oferecem uma melhor experiência, precisarão ampliar seu portfólio de produtos e serviços.

Consequentemente, os consumidores serão beneficiados com mais opções e, possivelmente, produtos mais baratos. Assim, as mudanças do open banking são muito relevantes.

Quais as vantagens do Open Banking?

O princípio fundamental do Open Banking consiste na propriedade dos dados do consumidor, os quais não são exclusivos do banco em que ele mantém uma conta. Essa iniciativa oferece uma significativa comodidade para os clientes.

No modelo bancário tradicional, o cliente fica sujeito às taxas de juros impostas pelos bancos que detêm seus dados, e pode enfrentar dificuldades para acessar outras opções de serviços financeiros.

Assim, uma das vantagens do Open Banking é a possibilidade do cliente ser o detentor de seus próprios dados e decidir com quais instituições deseja compartilhá-los.

Essa condição torna mais fácil e prático saber quais instituições financeiras oferecem os melhores serviços e produtos em diferentes áreas.

Além disso, há benefícios do Open Banking não só em relação a empréstimos, mas também em outras funções que podem ser oferecidas por bancos, fintechs e outras instituições de pagamento.

Há algumas vantagens em comum em todos os modelos de open banking no mundo, como a liberdade, autonomia e transparência para o compartilhamento de informações.

Há, também, a diminuição de custos, maior competitividade entre instituições e proteção de dados, com regras claras e leis específicas para salvaguardar o sistema.

Qual a diferença entre Open Banking e Open Finance?

O Open Finance é uma expansão do conceito de Open Banking, abrangendo não apenas contas bancárias e operações de crédito, mas também câmbio, investimentos, seguros e previdência.

Sendo assim, a diferença entre open banking e open finance é que o segundo é mais abrangente do que o primeiro.

O termo Open Banking surgiu no Reino Unido em 2016 e foi a inspiração para a implementação do Open Finance no Brasil.

De acordo com o Banco Central, essa expansão permitirá que as instituições financeiras tenham acesso a informações das finanças do cliente em outras instituições, facilitando, por exemplo, a contratação de seguros com melhores condições.

O BC planeja no futuro integrar o Open Finance com o Open Insurance da Superintendência de Seguros Privados para criar interoperabilidade.

Quais instituições aderiram ao Open Banking?

De acordo com o Banco Central, apenas instituições regulamentadas pelo órgão poderão participar do Open Banking, sendo que algumas serão obrigadas a aderir ao modelo.

As instituições que possuem porte acima de 1% do PIB ou relevância internacional devem aderir, incluindo grandes bancos, como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica, Santander, BNDES e outras.

Por outro lado, instituições de pagamentos e fintechs, como Picpay, Nubank, Mercado Pago e outras, escolheram por conta própria aderir a essa mudança.

Há também cooperativas de crédito e todo tipo de instituição financeira. Muitas decidiram participar, buscando um sistema financeiro mais moderno.

Com a adesão de mais empresas ao ecossistema financeiro, espera-se que surjam novas oportunidades de negócios e que a concorrência entre as instituições aumente.

Isso deve proporcionar ao cliente uma maior variedade de produtos e serviços, provavelmente com preços mais acessíveis.

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