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Com Datena e vice de Nunes ex-Rota, segurança vira — ainda mais — tema de eleição em SP

Pesquisas de opinião mostram que o paulistano coloca a segurança como um dos temas de mais preocupação

Datena e Araújo Mello: nomes levantam bandeira da segurança pública (Motangem/Youtube/Arquivo Pessoal/Reprodução)

Datena e Araújo Mello: nomes levantam bandeira da segurança pública (Motangem/Youtube/Arquivo Pessoal/Reprodução)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 3 de julho de 2024 às 08h00.

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A segurança pública, um tema que não é de competência direta da prefeitura, é apontada nas últimas pesquisas de opinião como um dos principais problemas da cidade de São Paulo.

Na pesquisa da Genial/Quaest, divulgada na última sexta-feira, 28, 29% dos entrevistados apontaram que a violência e o crime são os problemas mais graves da capital paulista. No levantamento da Gerp, divulgado também em junho, a violência e a falta de policiamento foram apontadas por 46% dos entrevistados como o principal problema.

A entrada de dois novos atores na disputa no último mês, o apresentador José Luiz Datena (PSDB), lançado pré-candidato e prometendo dessa vez ir até o fim da disputa, e o coronel da reserva da Polícia Militar e ex-chefe da Rota, Ricardo Mello de Araújo (PL), pré-candidato a vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB), coloca o tema ainda mais em evidência.

Em suas declarações públicas pela pré-campanha, Datena tem dito que vai "combater o crime na cidade" e que tem o sonho de que o "povo de São Paulo entre no transporte coletivo e não pague passagem de ônibus para o PCC".

O apresentador é conhecido por comandar o programa policial Brasil Urgente, na Rede Bandeirantes. O comunicador já passou por 11 partidos, mas nunca foi candidato.

Desde que foi anunciado como vice, Mello Araújo tem evitado pronunciamentos em público, mas já afirmou que a principal preocupação da população é o combate à violência e à corrupção. O indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro se coloca como um gestor, ao valorizar sua atuação no comando da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

Historicamente, a segurança pública não é um tema de eleição municipal — e nem costuma decidir o pleito —, pela falta de propostas efetivas para resolver a questão. Em entrevista à EXAME no início do ano, pré-candidatos prometeram desde maior integração com a secretaria de segurança pública estadual até tornar a guarda civil em uma força policial municipal, para coibir a violência na cidade. Mas o mergulho das campanhas no tema pode levar o eleitor a associar a pauta a uma responsabilidade do prefeito, não do governador.

Sensação de insegurança na cidade

A sensação de insegurança aumentou em São Paulo em meio a crimes mais violentos e truculentos. Em diversas regiões da cidade aumentaram relatos de assaltantes utilizando fuzis e quebra de vidro de carros parados em semáforos para roubo de celulares.

Arrastões em farmácias e em lojas do centro ganharam grande repercussão no ano passado. Segundo dados oficias da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o número de roubos caiu 6,7% em 2023 na cidade de São Paulo. A quantidade de furtos, no entanto, aumentou 6,53%.

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