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Empresa de turismo mira R$ 200 milhões mostrando o Brasil para brasileiros

Há décadas, a Luck Receptivo oferece experiências imersivas pelo Nordeste brasileiro

 Christiane Teixeira, diretora da Luck Receptivo: empresa  do Nordeste foi fundada na década de 1960 por imigrante alemão (Luck Receptivo/Divulgação)

Christiane Teixeira, diretora da Luck Receptivo: empresa do Nordeste foi fundada na década de 1960 por imigrante alemão (Luck Receptivo/Divulgação)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 06h00.

Última atualização em 18 de dezembro de 2025 às 08h04.

Com mais de 60 anos de história, a nordestina Luck Receptivo quer atender o turista que busca mais do que o pé na areia.

Num dos passeios mais procurados, turistas são levados a uma praia isolada em João Pessoa, onde um pescador os guia em sua jangada pelas águas calmas. Enquanto isso, uma cozinheira prepara pratos típicos à beira-mar, cozinhando com ingredientes frescos.

“Levamos os turistas a destinos pouco explorados. Isso não só transforma a experiência dele, mas também impacta positivamente a comunidade, que começa a ver o turismo como uma oportunidade de crescimento econômico”, explica Christiane Teixeira, diretora da Luck Receptivo.

Fundada em 1960 pelo alemão Werner Luck, a empresa começou as atividades no Recife e, de lá para cá, expandiu para destinos icônicos do Nordeste, como Fernando de Noronha, Chapada Diamantina e João Pessoa.

A capital da Paraíba é, inclusive, o destino com maior expansão entre as bases atendidas pela empresa, um crescimento de 46% entre 2024 e 2025.

No geral, a Luck registrou um crescimento de 30% no mercado nacional no mesmo período, e espera terminar o ano com um faturamento de 200 milhões de reais.

Segundo Teixeira, o desejo pelo turismo receptivo — quando o turista quer se sentir parte da cultura local, e não um mero visitante — aumentou após a pandemia de -covid-19. A Luck, claro, tem acompanhado de perto.

“As pessoas querem se envolver com as festas tradicionais e aprender a história de cada lugar de maneira única”, afirma a executiva. Segundo a paraibana, isso tem atraído turistas mais velhos e também mais latino-americanos.

Regiões como Salvador, Maceió e Porto de Galinhas são as que mais recebem estrangeiros, cerca de 30% da clientela da Luck.

A empresa tem se adaptado a essa mudança oferecendo roteiros personalizados, incluindo opções em destinos mais isolados e tranquilos, como o litoral menos explorado de Sergipe.

Outro produto inédito são os pacotes flexíveis, nos quais os turistas escolhem as atividades ao chegarem ao destino, com a ajuda de guias que personalizam a experiência conforme o perfil dos visitantes.

“Temos tudo o que o turista busca em outros destinos ao redor do mundo, e até mais. O Brasil é imenso e cheio de belezas e culturas diversificadas. Nosso trabalho é mostrar isso, especialmente para os brasileiros que ainda não conhecem o próprio país”, diz.


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