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Adesivos simulam enchentes no RS em pontos turísticos de SP: 'E se a água subisse até aqui?'

Ação do coletivo 'Água Até Aqui' propõe alerta visual para a dimensão da tragédia no Sul do país e consequências da crise climática

Ação do coletivo 'Água Até Aqui' na Avenida Paulista, em São Paulo (Daniel Pinheiro)

Ação do coletivo 'Água Até Aqui' na Avenida Paulista, em São Paulo (Daniel Pinheiro)

Juliana Pio
Juliana Pio

Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais

Publicado em 15 de maio de 2024 às 09h35.

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'E se a água subisse até aqui?' Essa é a reflexão proposta pelo coletivo Água Até Aqui ao espalhar adesivos em pontos turístios da capital paulista que 'reproduzem' as enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo último balanço, mais de 140 pessoas já morreram em função da pior catástrofe climática da história do Estado.

Formado por profissionais de comunicação que moram em São Paulo, o grupo colou adesivos na região da Avenida Paulista, Consolação e Vila Madalena, que indicam o nível da água das enchentes que assolam o Sul do país desde o dia 29 de abril.

A ideia da ação é transmitir a dimensão dos estragos causados pela tragédia e conscientizar a população sobre a crise climática. A iniciativa também visa engajar mais pessoas a ajudarem as vítimas. O grupo ainda compartilhou o modelo do adesivo em suas redes sociais e enfatiza que, para ajudar, basta:

  • 1. Fazer o download e imprimir o adesivo, ou criar a sua arte
  • 2. Mobilizar a comunidade e ir para a rua
  • 3. Colar a mensagem - aproximadamente 3 metros do chão
  • 4. Tirar fotos e publicar com a hashtag #ÁguaAtéAqui
  • 5. Doar para o Rio Grande do Sul e falar sobre emergência climática em sua cidade

"Água Até Aqui é um alerta visual para as consequências extremas da crise climática. A gente viu no RS como as chuvas intensas destruíram um estado inteiro", diz o vídeo da campanha (veja abaixo). "Estamos longe do RS, mas imaginamos até onde essa água pode chegar se acontesse em outros lugares do Brasil. Queremos trazer essa consciencia para as pessoas, porque isso vai acontecer com mais e mais frequencia."

De acordo com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Guaíba, que corta Porto Alegre, atingiu o nível máximo de 5,25 metros nesta terça-feira, 14. Contudo, a tendência é de queda. O rio deve chegar aos 4 metros entre os dias 19 e 21 de maio. A cota de inundação é de 3 metros. Além do Guaíba, estão acima dos níveis de alerta os rios Sinos, Gravataí e Uruguai.

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