A Weg (WEGE3) anunciou, na manhã desta quinta-feira, 12, a aquisição integral da empresa turca Volt Electric Motors por US$ 88 milhões. A companhia, uma subsidiária do Grupo Saya, é fabricante de motores elétricos industriais e comerciais.

Com o controle total da Volt, a Weg irá incorporar uma equipe de 690 funcionários e uma fábrica de 27 mil metros quadrados voltada para o desenvolvimento e fabricação de motores industriais e comerciais, com potência de até 450 kW.

A conclusão da transação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo as aprovações regulatórias necessárias relativas à transação.

Após o anúncio, a ação subia 1,2% às 10h45.

A Volt tem capacidade de produção de 1 milhão de motores por ano, com uma forte presença no mercado turco e exporta para diversos países, principalmente na Europa, Oriente Médio e Ásia Central.

"Esta aquisição está alinhada à estratégia de crescimento do negócio de motores industriais e comerciais da Weg, pois permitirá ampliar a presença e oferta de produtos em mercados altamente
competitivos e estratégicos, como o Leste Europeu, Oriente Médio, Ásia Central e Norte da África", disse a companhia em comunicado ao mercado.

Ainda segundo o documento, a localização da Volt em Esmirna, na Turquia, é o que facilita o acesso a esses mercados por possuir uma "desenvolvida logística rodoviária" e dois grandes portos.

Em 2023, a Volt teve uma receita operacional líquida de US$ 70 milhões, com uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de 18,5%.

Na visão do Itaú BBA, a aquisição da Volt pela Weg foi um movimento positivo, mas com impacto limitado.

Embora a compra tenha sido feita por um valor atraente (múltiplo EV/Ebitda de 7 vezes, comparado aos 26 vezes de Weg para 2024), ela é considerada de pequeno porte e, portanto, não deve alterar significativamente os resultados financeiros da Weg.

No entanto, a aquisição demonstra a capacidade da WEG de continuar sua expansão estratégica, mesmo após a consolidação de uma aquisição maior, a da Regal Rexnord.

"Espera-se que esta atividade de fusões e aquisições melhore a integração vertical da Weg na Turquia. Também acreditamos que a aquisição não afetará os investimentos de capital orgânico da Weg, pois as despesas de M&A são separadas de seus investimentos orgânicos planejados", pontuam os analistas.

O Itaú BBA mantém a visão de compra para Weg, com preço-alvo de R$ 57, o que representa um potencial de ganho de 6,5% sobre o fechamento de R$ 53,5 da sessão de quarta-feira, 11.