(Montagem/EXAME/Wikimedia Commons)
Redatora
Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 21h18.
A possível abertura de capital da SpaceX em 2026 pode mais que dobrar a fortuna de Elon Musk, atualmente estimada em US$ 460,6 bilhões. A empresa avalia uma oferta inicial de ações nos Estados Unidos com valor de mercado próximo de US$ 1,5 trilhão, segundo informações da Bloomberg.
Nesse cenário, a participação de Musk na companhia passaria a valer cerca de US$ 625 bilhões, ante os atuais US$ 136 bilhões. Os cálculos são do Bloomberg Billionaires Index e não consideram outros ativos do empresário, como sua fatia na Tesla.
A diferença potencial entre o valor atual da participação e o montante após o IPO é de aproximadamente US$ 489 bilhões. Esse valor seria somado ao patrimônio que o homem mais rico do mundo já possui atualmente, caso a operação se concretize nos termos projetados.
A SpaceX tem acelerado os estudos para uma oferta pública inicial que pode levantar mais de US$ 30 bilhões. Se confirmada, a operação superaria o recorde da Saudi Aramco, que captou US$ 29 bilhões em 2019, na maior estreia de ações já realizada.
Executivos da empresa e bancos assessores trabalham com uma janela entre meados e o fim de 2026 para a listagem. No entanto, a Bloomberg destaca que o negócio pode ser adiado para 2027, dependendo das condições do mercado financeiro.
O avanço do Starlink, serviço de internet via satélite, é apontado como principal motor do crescimento da SpaceX. A empresa também avança no desenvolvimento do foguete Starship, para missões lunares e interplanetárias.
A projeção é que a companhia registre receita de cerca de US$ 15 bilhões em 2025. Para o próximo ano, a estimativa varia entre US$ 22 bilhões e US$ 24 bilhões, com o Starlink respondendo pela maior parte do faturamento.
Parte dos recursos de uma eventual abertura de capital poderá ser destinada ao desenvolvimento de data centers espaciais. O plano inclui investimentos em chips de alto desempenho.
Antes do IPO, a SpaceX realiza uma oferta secundária de ações. O preço foi fixado em torno de US$ 420, elevando a avaliação da empresa para mais de US$ 800 bilhões. Funcionários devem vender cerca de US$ 2 bilhões em papéis, com recompra parcial pela própria companhia.