TED, DOC ou Pix? (Getty/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2023 às 14h49.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2023 às 15h07.
A humanidade levou milhares de anos para inventar o papel-moeda e, em seguida, dar um salto sem precedentes, criando a possibilidade de pagamentos mais rápidos e no formato digital, como TED ou DOC, eliminando o ato físico para pagar por um produto ou serviço.
Mas para realizar transferências de recursos em larga escala entre instituições bancárias via TED ou DOC e posteriormente por Pix, precisou-se passar por uma grande evolução, mudança e adaptação do mercado e dos consumidores.
Assim, diante de múltiplas possibilidades, muitas vezes os clientes se perguntam qual é a melhor opção para efetuar uma transferência: Pix, TED ou DOC. Por isso, entenderemos o que cada uma dessas operações pode oferecer aos clientes.
Criado pelo Banco Central do Brasil, o Documento de Ordem de Crédito (DOC) tem por finalidade transferir fundos para outras contas bancárias, com dois tipos existentes: tipo C, entre contas de diferentes titulares, e Tipo D, entre contas do mesmo titular.
Vale ressaltar que o DOC tem limite máximo de R$ 4.999,99. Portanto, este método de transferência só pode ser usado se o valor da transferência não exceder o limite. Além disso, nas transações via DOC, os recursos na conta do beneficiário podem ser sacados no dia seguinte (D+1).
No entanto, se uma transação for realizada via DOC após as 21h59, o dinheiro só poderá ser efetivado no segundo dia útil. Ressalte-se que os recursos disponíveis na conta do beneficiário dependem de acordo entre o beneficiário e a instituição financeira, que verifica possíveis irregularidades ou a implementação de procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro.
Por fim, as transações via DOC podem ser iniciadas no caixa do banco ou por meio de canais eletrônicos de acesso como quiosques, internet banking e, mais recentemente, dispositivos móveis, cabendo a cada instituição a liberdade de definir o valor de suas cobranças.
Desenvolvida pelo Banco Central em 2002, a Transferência Eletrônica Disponível, mais conhecida como TED, foi criada para agilizar as transações, liberando recursos até as 17h do mesmo dia. Porém, se a TED for feita após as 17h, o dinheiro chegará na conta do destinatário no dia seguinte.
Além disso, a diferença entre TED e DOC é evidenciada pelo não limite mínimo para TED na transferência de fundos. Porém, assim como o DOC, a transferência TED possui dois tipos: tipo C, para transferências entre contas de titulares diferentes, e Tipo D quando as contas pertencem ao mesmo titular.
Assim, ao fazer uma transferência de dinheiro, basta o cliente selecionar a opção desejada e informar todos os dados do beneficiário, tais como agência, número da conta, CPF/CNPJ e nome completo, e a TED cai no mesmo dia.
Por fim, em relação aos custos da operação, seja no TED ou DOC, as taxas podem variar conforme a instituição financeira de cada usuário. A melhor forma de saber se precisa gastar é tirando todas as dúvidas com sua instituição financeira.
Criado pelo Banco Central e em funcionamento desde novembro de 2020, o Pix é um método de pagamento instantâneo que torna a experiência bancária mais facilitadora do que nunca. Com essa forma de pagamento, o dinheiro pode ser transferido de uma conta para outra em dez segundos, a qualquer hora do dia, inclusive feriados e finais de semana.
Além disso, não há limite para o número de transações do Pix no mês. Com isso, o usuário pode usar o Pix para transferir e receber dinheiro, pagar compras no mercado, contas de luz, telefone celular e inclusive pagar impostos como o Simples Nacional.
Importante destacar que, durante o dia, não há limite para transações realizadas via Pix. No entanto, à noite, das 20h às 6h, o Banco Central impõe um teto de R$ 1 mil.
Desse modo, caso o cliente queira aumentar o limite do Pix no período noturno, poderá solicitar por meio de sua instituição financeira, que geralmente responde ao chamado em até 24 horas após a solicitação.
A chave Pix é utilizada para vincular as informações do usuário aos dados da transferência bancária. Com isso, é possível digitalizar um código QR, inserir uma chave de endereço ou usar o pagamento por proximidade, proveniente da tecnologia NFC.
Atualmente, o Pix conta com quatro chaves de autenticação de pagamentos, sendo elas:
Importante destacar que, o usuário pode ter até cinco chaves em sua conta individual e 20 chaves em conta corporativa.
O Pix é gratuito para pessoas físicas, mas as autoridades permitem que bancos e instituições de pagamento definam livremente os custos para contas registradas em um CNPJ, incluindo o MEI.
Abaixo, encontra-se o valor da taxa, para cada instituição financeira, para o uso do Pix via empresas:
Confira abaixo, as principais diferenças entre Pix, TED ou DOC:
Modalidade |
DOC |
TED |
Pix |
Prazo |
O valor será creditado na conta de destino no próximo dia útil, mas pode demorar mais se a transferência for após as 22h. |
Se a transferência for feita antes das 17h, o valor cairá no mesmo dia. |
Independentemente da data ou hora da execução, o valor cai na conta do beneficiário em até 10 segundos. |
Valor máximo |
R$ 4.999,99 |
Não há limite máximo |
Não há limite máximo |
Valor mínimo |
Não há limite mínimo |
Não há limite mínimo |
Não há limite mínimo. |
Os pagamentos são parte integrante da experiência de compra do cliente e o resultado final para muitas instituições financeiras. Em suma, por meio do TED ou DOC e agora o Pix, é possível notar uma revolução evolutiva na indústria de pagamentos, que vem desenvolvendo tecnologias que moldam o futuro.
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