(Getty/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 5 de setembro de 2024 às 10h26.
Última atualização em 5 de setembro de 2024 às 17h52.
Se você chegou à marca de R$ 100 mil na poupança, primeira opção de muitos brasileiros, ela tem sua própria dinâmica, vantagens e riscos, e aqui você vai saber tudo sobre eles.
Tudo que você precisa saber sobre renda fixa! Baixe o e-book gratuito criado
A poupança, tradicionalmente conhecida por sua segurança e facilidade de acesso, continua sendo o tipo de investimento mais popular entre os brasileiros. Operando sob regulamentação federal, a poupança oferece uma alternativa de baixo risco para aqueles que buscam um refúgio seguro para suas economias.
Confira o simulador que ajuda a escolher os melhores produtos para investir
Sem necessidade de conhecimento técnico avançado em finanças, qualquer pessoa pode depositar seu dinheiro, garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para bancos que participam do sistema do FGC, e a garantia cobre até R$ 250 mil por CPF e por instituição, com um limite agregado de R$ 1 milhão. Este limite é renovado a cada quatro anos, caso seja esgotado.
O rendimento da poupança é diretamente influenciado pela taxa básica de juros, a Selic. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR).
No entanto, se a Selic cai abaixo de 8,5%, o rendimento da poupança passa a ser 70% da Selic mais a TR. Esta mecânica visa proteger o poder de compra dos poupadores em cenários de juros baixos, mas também limita os ganhos em períodos de juros mais altos.
A “data de aniversário” na poupança é um conceito essencial para entender seus rendimentos. Este termo refere-se ao dia do mês em que foi feito o depósito inicial. Os rendimentos são calculados mensalmente nessa data e adicionados ao saldo principal.
Se um saque ocorre antes do aniversário, os juros que seriam aplicados naquele mês não são creditados, o que pode desencorajar retiradas frequentes e incentivar a manutenção de fundos na conta para acumular os benefícios do juro composto.
Veja a carteira recomendada completa com 11 ações para quem busca dividendos!
A Taxa Referencial (TR) é outro componente vital no cálculo dos rendimentos da poupança. Embora tenha sido zerada nos últimos anos devido ao cenário de baixas taxas de juros, a TR serve como um índice adicional que pode aumentar ligeiramente os ganhos quando as condições econômicas mudam.
A TR é definida pelo Banco Central e ajustada conforme as diretrizes econômicas do país, influenciando minimamente os retornos da poupança quando em vigor — e ela se manteve zerada desde outubro de 2017.
Investir R$ 100 mil na poupança pode parecer uma opção segura, mas entenda quanto realmente rende ao final de um ano. Sob as regras atuais, com a Selic acima de 8,5%, o rendimento da poupança é de 70% da Selic quando a Selic está acima deste patamar, mas considerando o novo rendimento de 7,4% ao ano, o cálculo se ajusta.
Assim, o rendimento anual seria de 7,4% do montante inicial, totalizando R$ 7.400, elevando o saldo final para R$ 107.400.
No cálculo mensal, considerando a nova taxa anual de 7,4%, dividindo esse rendimento por 12 meses, temos um retorno mensal de aproximadamente 0,617% do montante investido. Isso equivale à cerca de R$ 617 por mês, fazendo com que o investidor veja um crescimento gradual, porém mais significativo, do seu capital inicial.
Apesar de sua segurança e liquidez, a poupança oferece um dos menores retornos no mercado de investimentos. Alternativas como Certificados de Depósito Bancário (CDBs), fundos de renda fixa e títulos do Tesouro Direto podem proporcionar melhores retornos com riscos ainda controlados.
Essas opções são atraentes para investidores que buscam diversificar suas carteiras sem se afastar significativamente do perfil conservador.
Considerando um investimento de R$ 100 mil em uma aplicação que rende 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) com a taxa atual de 10,40% ao ano, o retorno seria de aproximadamente R$ 10.400 ao ano. Isso representa uma vantagem clara sobre a poupança, traduzindo-se em um saldo final de R$ 110.400.
Existem várias alternativas à poupança no universo da renda fixa, que também oferecem segurança e rendimentos atrativos:
Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs): São isentas de imposto de renda para pessoas físicas e costumam oferecer retornos acima do CDI. Debêntures: Especialmente as incentivadas, que são isentas de imposto de renda e financiam projetos de infraestrutura. Fundos de Investimento em Renda Fixa: Permitem diversificação e gestão profissional do capital investido, com diferentes estratégias e níveis de exposição ao risco.
Estas alternativas, quando bem escolhidas, podem superar significativamente os rendimentos da poupança, ajustando-se às necessidades de cada perfil de investidor.