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Como investir no exterior?

Através de alguns passos simples, é possível investir no exterior de maneira prática

(Getty Images/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 23 de fevereiro de 2023 às 11h46.

Última atualização em 3 de maio de 2024 às 10h34.

Investir no exterior é algo que muitos têm vontade de fazer, mas nunca conseguiram colocar em prática por acharem que é um procedimento completo. No entanto, é mais fácil do que parece.

Através de alguns passos simples, é possível investir no exterior de maneira prática. Leia o artigo completo e saiba como investir no exterior através de um guia prático mesmo para quem é um investidor iniciante.

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O que é investir no exterior?

Investir no exterior consiste em colocar dinheiro em ativos financeiros ou empresas que se encontram fora do país de origem do investidor. Isso pode incluir ações de empresas estrangeiras, ETFs, fundos de investimentos, entre outras possibilidades.

Investimentos no exterior podem oferecer oportunidades de diversificação para o investidor, uma vez que os mercados financeiros de diferentes países podem se comportar de maneira diferente e oferecer mais segurança jurídica.

Além disso, pode oferecer acesso a setores e empresas que não estariam disponíveis no mercado local.

Por exemplo: o índice Ibovespa tem uma concentração muito alta em empresas de commodity e bancos, enquanto o mercado americano tem muitas companhias tecnológicas.

Por fim, esse tipo de investimento pode ser uma forma de mitigar o risco cambial através do investimento em ativos associados a moedas mais fortes, como dólar, euro, libra e outros.

No entanto, é importante levar em conta que investir no exterior pode vir acompanhado de riscos adicionais, como a diferença de regulamentação e proteção de investidores, outro cenário macroeconômico e, dependendo do país, maior volatilidade.

Como investir no exterior?

Existem várias maneiras de investir no exterior, algumas delas incluem:

1. Ações internacionais

É possível comprar ações de empresas estrangeiras através de corretoras internacionais. Isso pode ser feito através de uma conta de negociação internacional ou através de um corretor no Brasil que ofereça acesso a mercados internacionais.

Hoje em dia, muitas dessas instituições possuem um cadastro que pode ser feito rapidamente, facilitando o trabalho de quem quer investir no exterior.

No entanto, vale lembrar que para mandar dinheiro para o exterior, é necessário fazer uma remessa internacional, o que resulta em IOF e uma taxa de câmbio.

2. Fundos de investimento

É possível investir em fundos de investimento que possuem exposição a ativos estrangeiros, como fundos cambiais ou fundos que podem comprar ativos como ETFs ou ações internacionais em seu portfólio.

Nesse caso, o investidor deve observar a estratégia do fundo em que pretende alocar capital e buscar saber mais sobre a equipe de gestão.

3. ETFs

ETFs são fundos de gestão passiva que permitem ao investidor alocar capital em vários ativos de uma vez só, o que dá mais praticidade

Por exemplo: o investidor pode comprar uma cota de um ETF que acompanhe o S&P500, o índice de ações dos Estados Unidos, e se expor às 500 empresas do índice de uma só vez.

Existem opções de ETFs tanto em corretoras brasileiras quanto em corretoras internacionais.

As corretoras internacionais oferecem muito mais opções de investimento através de ETFs, mas as corretoras brasileiras têm particularidades, como ETFs de cripto regulamentados no país.

4. BDRs

Outra possibilidade para quem quer saber como investir no exterior é através da compra de BDRs, que consistem em um certificado de posse de uma ação no exterior.

Com ele, é possível ter a posse de diversas ações no exterior, como companhias dos EUA, da Europa, Ásia e outras localidades.

5. Imóveis

Uma forma de investimento no exterior é através da compra de imóveis estrangeiros, como apartamentos ou casas de férias. Nesse caso, é preciso de mais capital para realizar o investimento, que pode não ser acessível para todos.

6. Investimento Direto

Por fim, é possível também investir diretamente em uma empresa estrangeira, comprando uma participação acionária e se tornando sócio da mesma.

Nesse caso, no entanto, o investidor deve possuir um capital disponível maior para poder fazer o aporte, além de um apoio tributário e legal para a operação.

Como declarar Investimentos no Exterior?

De fato: é importante estar em dia com toda a documentação e compliance exigida pelas regulamentações e leis fiscais do país onde se pretende investir, para evitar problemas futuros.

Por isso, é importante estar ciente das regulamentações e leis fiscais do país onde se deseja investir, pois elas podem ter particularidades importantes. Sendo assim, vale a pena saber como declarar investimentos no exterior.

No caso dos EUA (o país em que mais brasileiros investem depois do Brasil), há um acordo para evitar a bitributação, sendo possível declarar os ativos no país diretamente na Receita Federal através do Imposto de Renda.

A declaração do Imposto de Renda se tornou mais prática ao longo dos anos, sendo possível fazê-la tanto pelo computador quanto pelo celular através de um aplicativo.

Vale lembrar que, através de corretoras americanas, é possível investir diretamente em ativos em outros países através dos ADRs (similares aos BDRs, só que americanos) e ETFs.

Por isso, muitos investidores preferem investir em outras regiões do mundo diretamente através de corretoras norte-americanas.

Quais cuidados tomar para decidir no exterior?

Ao decidir investir no exterior, é importante levar em conta alguns cuidados importantes, como os seguintes

1. Conhecimento do mercado externo

Em primeiro lugar, é importante ter conhecimento sobre o mercado e as tendências econômicas do país onde você está planejando investir.

Isso pode ajudar a identificar oportunidades e riscos, facilitando a tomada de decisões para alocar capital e, por fim, aumentando a rentabilidade dos investimentos.

2. Risco cambial

Em segundo lugar, vale prestar atenção no risco cambial - ou seja, o risco de perda decorrente de variações nas taxas de câmbio.

Quando se investe em moedas mais estáveis, como dólar e euro, há um risco menor nesse sentido. No entanto, países mais arriscados podem apresentar esse fator de risco e vale a pena pensar antes de alocar capital.

3. Diversificação e escolha de ativos

Além disso, é importante diversificar os  investimentos, distribuindo-os entre diferentes mercados e setores, a fim de reduzir o risco de perda de capital. Isso é válido tanto para o Brasil quanto para o exterior.

4. Acompanhar o investimento

Por fim, é fundamental acompanhar o desempenho do investimento e estar preparado para fazer ajustes diante da mudança do cenário macroeconômico e da mudança nos fundamentos dos ativos, se necessário.

Você ainda tem dúvidas sobre como investir no exterior? Leia nossos outros artigos para saber mais:

O que é a SEC?
O que é Nasdaq?
O que é Dow Jones?
O que é S&P 500?
O que é payroll?

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