Um apoiador do ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano Donald Trump segura uma placa no dia da eleição, em The Villages, Flórida, 5 de novembro de 2024 (Miguel J. Rodriguez Carrillo/AFP)
Repórter do Future of Money
Publicado em 14 de novembro de 2024 às 09h31.
Donald Trump foi eleito o novo presidente dos Estados Unidos na última quarta-feira, 6, trazendo consigo uma onda de otimismo e recordes para o setor de criptomoedas.
Quando ainda estava em campanha, o candidato republicano abordou o tema e fez uma série de promessas que envolviam até mesmo transformar os Estados Unidos na “capital mundial de cripto”. Por outro lado, Kamala Harris chegou a abordar o assunto, mas de forma mais discreta.
Agora, milhões de investidores esperam que o autointitulado “criptopresidente” gere um ambiente mais favorável para o mercado de criptomoedas na maior economia do mundo. Desde a sua vitória nas eleições, o mercado cripto bateu uma série de recordes, com o bitcoin atingindo seu maior preço da história em quase US$ 90 mil.
Além da Casa Branca, candidatos pró-cripto também são maioria na Câmara e no Senado dos Estados Unidos. As doações políticas para as eleições americanas de 2024 contaram com o forte apoio de empresas de criptomoedas, como a Coinbase, única corretora cripto listada em bolsa.
“A grande mensagem que a gente tira desse processo é que, independente do resultado, foi uma eleição em que os eleitores pró-cripto fizeram as suas vozes seriam ouvidas nas urnas”, disse Fábio Plein, diretor regional da Coinbase para as Américas, em entrevista exclusiva à EXAME.
“Acho que no processo como um todo pode nos sinalizar que seja apenas um começo, um marco dentro de um processo maior também, que acabou sendo essa vitória da criptoeconomia”, acrescentou.
De acordo com o site Open Secrets, as doações políticas da Coinbase foram divididas entre o partido Republicano e Democrata. Os valores totais somam US$ 640,8 mil para os democratas e US$ 488,3 mil para republicanos. A maior doação política da empresa foi para o Fairshake PAC, focado em doações bipartidárias para candidatos pró-cripto, com US$ 46,5 milhões.
Apesar de não assumir um direcionamento político claro nas eleições, a Coinbase se demonstra otimista para os próximos quatro anos de governo Trump quando o assunto é o mercado de criptomoedas.
Fábio Plein classificou que a vitória de candidatos pró-cripto na Casa Branca, Câmara e Senado é um “grande avanço para a indústria cripto como um todo”.
“Através dessa vitória, teremos mais proteção para o consumidor, mais inovação e um sinal mais concreto de perspectivas regulatórias mais positivas para a indústria nos próximos anos”, disse ele à EXAME.
“É uma mensagem muito forte que os americanos, de forma desproporcional, demonstraram que se importam com cripto e querem regras mais claras para os ativos digitais. Com base nisso, também espero que os novos representantes que foram eleitos deem vasão a essa demanda nos próximos anos.
Fábio mencionou que doações políticas são uma “tradição” nos Estados Unidos e que cripto se encaixa nas exigências de candidatos mais jovens por um sistema financeiro atualizado e eficiente.
“Um grande passo dentro disso é que cripto pode ser uma solução para quem busca uma atualização do sistema financeiro nos Estados Unidos, trazendo transações mais seguras, mais rápidas e com mais eficiência de um lugar a outro. Então acho que essa é talvez a nossa grande visão dentro disso. Para que essa visão aconteça, acho que é fundamental haver um ambiente regulatório mais favorável, que é o que a gente busca”, concluiu.
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