BlackRock lançou um ETF de bitcoin nos Estados Unidos (Bloomberg/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 11h53.
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, divulgou nesta semana mais informações sobre a operação do seu novo ETF de bitcoin, que estreou nos Estados Unidos na última quinta-feira, 11. Entre os dados, ela revelou que adquiriu cerca de US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões, na cotação atual) em unidades da criptomoeda.
A informação foi divulgada na página do site da gestora referente ao iShares Bitcoin Trust, nome dado ao ETF, e considerando os dados até a última sexta-feira, 12. Por isso, a quantidade atual adquirida pela BlackRock pode ter variado desde então, já que ela depende das próprias movimentações de compra e venda de participações no fundo.
Apenas no seu primeiro dia de operação, o ETF de bitcoin da BlackRock teve pouco mais de US$ 1 bilhão em volume negociado, com uma das melhores performances entre os 11 fundos liberados pela SEC um dia antes da estreia nas bolsas dos Estados Unidos.
A aquisição de bitcoin é feita pela própria BlackRock, mas a custódia das unidades da criptomoeda é de responsabilidade da Coinbase, maior corretora dos Estados Unidos. Anteriormente à estreia, especulou-se que a gestora poderia adquirir R$ 50 milhões em unidades do ativo para o funcionamento inicial do fundo.
Ao todo, a BlackRock detém no momento pouco mais de 11 mil unidades de bitcoin. A quantia, porém, ainda está distante do acumulado pelos maiores detentores do ativo. A exchange Binance lidera a lista com mais de 350 mil unidades, seguida pela Bitfinex, outra exchange, com 178 mil. Já o governo dos Estados Unidos possui mais de 90 mil unidades da criptomoeda.
Os ETFs de bitcoin são fundos negociados em bolsas de valores que buscam acompanhar as variações de preço do ativo. Na prática, eles funcionam como uma opção de investimento no ativo, mas sem precisar adquirir a criptomoeda diretamente.
Cada ETF é lançado e administrado por uma gestora. A gestora emite cotas de participação no fundo, que são negociadas nas bolsas de valores e equivalentes às ações de uma empresa. O papel da gestora é administrar o fundo e realizar as compras e vendas de ativos - no caso, o bitcoin - para garantir o acompanhamento das variações, além de retirar do investidor a necessidade de fazer a custódia do ativo.
Em troca, as gestoras cobram uma taxa dos investidores. Nos Estados Unidos, as taxas dos ETFs de bitcoin estão variando no momento entre 0,19% e 1,5%. A taxa definida pela BlackRock foi de 0,25% - uma das menores do mercado - com cobrança menor nos primeiros seis meses de operação.
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