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Conheça a Canarinha Guerreira, primeira mascote da seleção brasileira feminina

Desenvolvida por torcedores, Canarinha Guerreira viraliza e faz sucesso nas redes

Canarinha guerreira: A mascote ainda não é oficial da CBF, mas já se tornou parte da seleção (Twitter/Reprodução)

Canarinha guerreira: A mascote ainda não é oficial da CBF, mas já se tornou parte da seleção (Twitter/Reprodução)

Antonio Souza
Antonio Souza

Repórter da Home e Esportes

Publicado em 29 de julho de 2023 às 04h02.

Ao golear o Panamá no jogo de estreia da Copa do Mundo Feminina, na última segunda-feira, 24, a Seleção Brasileira apresentou a nova integrante da equipe: Canarinha Guerreira, a primeira mascote da equipe feminina.

A personagem, desenvolvida por torcedores, logo conquistou as redes, além de ser muito comparada ao Canarinho Pistola, mascote oficial do Brasil e que também ganhou grande destaque na Copa do Mundo Masculina de 2018, na Rússia.

A mascote ainda não é oficial da CBF, mas já se tornou parte da seleção e aproximou ainda mais os torcedores para a maior edição da Copa do Mundo Feminina.

Segundo Fábio Wolff, membro do comitê organizador do Brasil Ladies Cup - torneio amistoso de futebol feminno - e especialista em marketing esportivo, essa é uma forma inteligente e lúdica de trazer o público-alvo para perto do evento: “A ativação, se bem implementada, pode gerar grande engajamento e sinergia. Vejo com bons olhos a forma como a CBF vem explorando o mascote, como ocorreu no mundial masculino”.

Para Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing e patrocínio esportivo, “é muito forte quando sai uma ação de marketing dos próprios torcedores, como aconteceu com a Canarinha”.

O executivo complementa: “Acredito que o departamento de marketing da CBF pode avaliar a adoção após entender de onde saiu e como saiu esta criação. Sempre que surge algo da torcida é autêntico e com alto poder de engajamento; eu, particularmente, achei muito bacana e merece uma atenção mais do que especial”.

Mudança de identidade

Nos últimos anos, a mudança de identidade ou de símbolos de clubes e seleções ficou mais recorrente. No Brasil, o Cruzeiro apresentou uma modificação no mascote Raposão, contudo, parte da torcida não gostou da nova reformulação e obtiveram um comitê para discutir, em parceria com o time, possíveis alterações.

Além disso, Ronaldo Fenômeno, gestor do Cruzeiro, já mudou o símbolo de outro clube da Espanha que também gerencia.

Nesta temporada, o Coritiba também propôs uma revitalização do escudo, tirando a estrela que representa a conquista do título brasileiro de 1985, mas foi interrompida diante de questionamentos da torcida.

Já o Red Bull Bragantino passou por uma mudança de identidade, praticamente, completa desde 2019. As cores principais, que antes eram preto e branco, agora são branco e vermelho, e um novo escudo tomou forma. Ainda, o clube trouxe um segundo mascote para o time, o Touro Louco.

“Mascotes tem o objetivo de se conectar com a audiência de uma forma leve, simpática e irreverente. Com isso, costumam ter um grande significado para o público mais jovem e infantil.

Para uma seleção que vem levantando a bandeira da igualdade, como o Brasil, ter uma mascote que representa o time feminino para compor a história está alinhado com a estratégia, agrada torcedores e parceiros comerciais e é um golaço”, comenta Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

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