Novo tratamento para coronavírus melhora sobrevivência de pacientes (fotograzia/Getty Images)
Tamires Vitorio
Publicado em 18 de maio de 2020 às 14h12.
Uma nova análise feita pela revista científica The Lancet, uma das mais conceituadas no mundo, desenha um perfil de quem tem maior probabilidade de ser infectado pelo novo coronavírus. O risco de infecção, segundo o estudo, é mais comum em homens do que em mulheres, em negros do que em brancos e em pessoas obesas. Outro fator que aumenta a probabilidade de uma pessoa contrair a doença são as condições financeiras -- são maiores para quem mora em áreas urbanas remotas ou rurais. Indíviduos com doenças renares também têm maior probabilidade de contrair o vírus. O risco para fumantes ativos representa cerca da metade para aqueles que nunca fumaram.
Para chegar nesse resultado, os pesquisadores analisaram os 3802 primeiros pacientes com casos confirmados da covid-19 pelo Royal College of General Practitioners (corpo profissional dos clínicos gerais no Reino Unido).
Uma pesquisa publicada pela Universidade de Oxford e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido, em maio apontou que negros e asiáticos possuem um risco maior de morte pela covid-19. Em São Paulo, a estimativa segue a mesma. Segundo a prefeitura do municipio, o risco de morte de negros por covid-19 é 62% maior.
Para o estudo, "é claro que a pandemia exacerba as desigualdades socioeconômicas existentes e isso precisa ser explorado e mitigado nos próximos anos". A ideia é que a análise sirva de ajuda para o Reino Unido no período de afrouxamento das regras de distanciamento social e lockdown, entendendo quais grupos são mais suscetíveis à infecção.
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