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Deficiência de vitamina D pode agravar casos de coronavírus

Apesar disso, os pesquisadores pedem cautela. Isso não significa, segundo eles, que todos devem começar a tomar a vitamina

Vitamina D: pesquisa aponta que deficiência da vitamina pode agravar casos de coronavírus (IKvyatkovskaya/Getty Images)

Tamires Vitorio

Publicado em 7 de maio de 2020 às 15h00.

Última atualização em 7 de maio de 2020 às 15h35.

Pessoas com deficiência de vitamina D podem ter sintomas mais graves do coronavírus , segundo um estudo feito pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que, nos países com as maiores taxas de letalidade da covid-19 (como é o caso de Itália, Espanha e Reino Unido), os pacientes fatais tinham níveis mais baixos da vitamina se comparados com vítimas de países que não foram tão afetados pelo vírus.

O time de cientistas encontrou uma correlação entre os níveis de vitamina D e a tempestade de citocina — hiperinflamação causada por um sistema imunológico hiperativo — assim como a relação entre a falta de vitamina D e a letalidade do vírus.

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"A tempestade de citocina pode prejudicar severamente os pulmões e levar a problemas respiratório sérios e até à morte. Isso é o que parece ter matado a maioria dos pacientes da covid-19, não a destruição dos pulmões pelo vírus propriamente dito. É a complicação do sistema imunológico", explicou Ali Daneshkhah, um dos autores da pesquisa.

A vitamina D pode ajudar exatamente nessa parte, uma vez que pesquisas apontam que a vitamina pode melhorar a imunidade e até mesmo prevenir que o sistema do corpo humano se torne hiperativo, o que pode agravar a doença.

Mas os pesquisadores pedem cautela. Segundo eles, isso não significa que todos — principalmente aqueles que não sabem se têm deficiências — devem começar a tomar a vitamina.

Para o cientista que liderou a pesquisa, Vadim Backman, a eficiência da vitamina D contra a doença ainda precisa ser estudada com mais profundidade. "Os dados podem iluminar os mecanismos de mortalidade que, se provados, poderão ajudar a definir os novos alvos de cura", explicou. "A vitamina não vai impedir que as pessoas contraiam a doença, mas pode reduzir as complicações e evitar mortes", afirmou.

Backman também acredita que a correlação pode explicar por que as crianças têm menos chances de morrer pela covid-19, uma vez que seus mecanismos responsáveis pela geração da tempestade de citocina, que prejudica o tecido saudável, ainda não estão totalmente desenvolvidos.

Em março, um estudo feito por cientistas da Universidade de Turim, na Itália, apontou que a vitamina D poderia ser uma grande aliada no combate ao coronavírus.

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