Aluguel já inclui mobiliário na cozinha, cama suspensa e televisão na parede (YouTube/Reprodução)
Gabriel Aguiar
Publicado em 20 de julho de 2022 às 13h52.
Morar em Nova York, nos Estados Unidos, não é nada barato: o aluguel médio custa 4 mil dólares, o que dá mais de 21 mil reais na conversão direta – e garante o título de segunda cidade mais cara do mundo, atrás apenas de Hong Kong. E existe opção mais em barata para quem realmente sonha em morar na Big Apple, mas mede apenas 5,5 m² (e custa o equivalente a 5,9 mil reais por mês).
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Para justificar o investimento, a localização do imóvel está em plena Manhattan, mais precisamente na St. Mark’s Place, considerada uma das ruas mais divertidas do bairro East Village, com mercados, restaurantes, bares, pizzarias, karaokês e até lojas de discos. Outro ponto positivo é que está apenas 500 metros distante da New York University, o que também é um atrativo para os estudantes.
Vale dizer que o valor do aluguel inclui algumas mobílias – como televisão, cama, pia, geladeira e até micro-ondas –, mas praticamente não há espaço para outros móveis. E, curiosamente, esse imóvel é pet friendly, o que significa que os inquilinos podem ter animais de estimação. O que deve ser levado em consideração é a falta de ventilação, porque a única janela tem abertura ao pátio interno.
É verdade que tanta limitação de espaço pode parecer impossível até mesmo para os interessados e apaixonados por Nova York. Mas o próprio agente imobiliário e youtuber Cash Jordan, que mostrou o apartamento ao influenciador Erik Conover, revelou já ter vivido exatamente ali em 2007. “Precisei jogar fora metade das minhas coisas porque elas simplesmente não cabiam aqui dentro”, diz.
Não há (oficialmente) nenhum apartamento tão pequeno no Brasil, só que, por aqui, existem opções com até 10 m². Tamanha contenção de espaço viralizou nas redes sociais e o apartamento, na região paulistana do Higienópolis, foi motivo de críticas. Mesmo assim, todas as 72 unidades esgotaram em dois dias após o lançamento, há cinco anos, e os preços duplicaram desde então: 200 mil reais.
Para Ariel Frankel, CEO da Vitacon – incorporadora responsável pelo empreendimento – quase 90% dos compradores eram investidores, enquanto os moradores (por aluguel) costumam ser jovens que estudam ou são profissionais liberais, que buscam proximidade dos principais pontos da cidade. Mas a atual lei de zoneamento, de 2016, determina que novos imóveis tenham pelo menos 20 m².