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Trends: Quem não imita, não inventa?

Por que a Meta está planejando lançar um app concorrente do Twitter?

O Twitter vai acabar? (Getty/Exame)
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Publicado em 29 de maio de 2023 às 11h54.

Última atualização em 29 de maio de 2023 às 11h54.

Por Alexandre Loures e Flávio Castro*

Todo mundo já sabe que a Meta está preparando um novo aplicativo que concorrerá com o Twitter.

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Não é de hoje que a gigante usa seu olhar apurado voltado para aprimorar tecnologias existentes.

Quando o Facebook não conseguiu comprar o Snapchat, implementou vários de seus recursos nos Stories do Instagram.

O Reels, inspirado no TikTok, não tomou o lugar do concorrente, mas faz barulho. A divisão de produtos experimentais da Meta constrói aplicativos e os derruba. Isso não é difícil de entender: muitas vezes é mais fácil lançar produtos a partir de uma ideia já criada, testar e, se não der certo, tirar de circulação, do que investir na compra de uma empresa. A aquisição do Twitter , desde 2022, por Elon Musk gerou várias ondas de polêmicas e novos concorrentes apareceram, sem abalar definitivamente sua estrutura.

A proposta da nova rede social, alternativa do Twitter, terá a possibilidade de os usuários do Instagram fazerem login com a mesma identificação do aplicativo. Desta forma, biografia e verificação serão migradas de uma conta já existente, o que facilita muito a adesão.

Postagens de até 500 caracteres, publicação de fotos, vídeos de até 5 minutos, e links, além da interação, serão permitidas. O filósofo francês Émile-Auguste Chartier é o autor desta frase: Quem não imita, não inventa.

Existe um conceito de nome "paradoxo da pirataria", criado por dois professores norte-americanos, que defende que as cópias são propulsoras de novas criações, uma vez que elas saturam o mercado , criando a necessidade de coisas novas. Existem inúmeros exemplos de cópias bem sucedidas.

Inspiração ou plágio?

Thomas Edison, considerado o inventor da lâmpada, tinha um histórico de ‘passar por cima’ de uma série de inventores que ele explorou e comprou das mais diversas formas.

No mundo, conhecemos a história do McDonald 's que copiou a ideia da White Castle, uma rede de fast food, melhorando o serviço, descobrindo as falhas e criando um novo conceito. Também há exemplos como o IPod da Apple, versão desenvolvida a partir do lançamento do formato MP3 de Saehan Mpmam; o Dinner Club que foi o primeiro a lançar cartões de crédito e foi superado pela Visa, America Express, etc, etc.

No Brasil, para citar um só exemplo, podemos falar sobre o Mercado Livre que teve como inspiração o eBay. Imitações podem ser importantes.

Muitas vezes o próprioproduto ‘imitado’ só serve de inspiração para a criação de um novo, bem melhor.

Outras vezes, a imitação é um tiro no pé; não capta o que há de melhor no produto matriz e não diagnostica o porquê da atração. Cópias, plágios, reproduções podem significar avanços. Nem sempre o produto ou serviço copiado é genial; muito provavelmente ele significa para o plagiador uma criação atraente que dispara algum gatilho de inovação , por mais incrível que pareça. Não estamos aqui defendendo imitações, mas convenhamos que novas ideias disparam novas ideias. Não sabemos se o Twitter será superado, ou "melhorado", mas entendemos que chegou em um momento crucial de sua existência. Se ele não se renovar, vai ser abocanhado por algum concorrente que irá melhorar a ideia inicial.

A estreia promete acontecer até o final de junho deste ano. Por ora ficamos com a curiosidade para assistir a alguma transformação e a dúvida de encontrar mais do mesmo.

No que você aposta?

*Alexandre Loures e Flávio Castro são sócios do Grupo FSB

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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