Pesquisa mostra que 89% das pessoas veem a diversidade de gerações no trabalho como um elemento positivo (Freepik/Reprodução)
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Publicado em 18 de setembro de 2023 às 16h30.
Última atualização em 18 de setembro de 2023 às 16h59.
Por Cristiano Zanetta*
Em um mundo em constante evolução, onde as diferentes gerações convivem e contribuem para a sociedade e o mercado de trabalho, a gestão de talentos e o desenvolvimento pessoal tornam-se desafios cruciais. Compreender como as eras e as experiências moldaram cada geração é fundamental para explorar o potencial da diversidade geracional e criar ambientes de trabalho mais inclusivos e produtivos.
Ao analisarmos as diversas gerações que atravessaram os diferentes momentos da civilização, torna-se evidente que a forma de estimular e influenciar uma pessoa varia não apenas de acordo com a idade, mas também com o contexto em que ela está inserida e com as experiências que ela acumulou ao longo de sua jornada.
A interação entre gerações, suas perspectivas e valores moldados por diferentes épocas desempenha um papel vital na configuração do local de trabalho contemporâneo.
Um estudo da plataforma LiveCareer revelou que 89% dos entrevistados veem a diversidade de gerações no trabalho como um elemento positivo, reconhecendo a oportunidade de aprendizado mútuo. No entanto, 78% também reconhecem que essa diversidade pode levar a conflitos.
Para que ocorra uma gestão de talentos eficaz e um desenvolvimento pessoal enriquecedor, é crucial compreender que as transições geracionais afetam cada indivíduo de forma distinta devido ao contexto em que estão inseridos.
No ambiente de trabalho, encontramos pessoas com mais de 60 anos que continuam ativas, assim como profissionais de 20 e poucos anos. Embora as diferenças sejam significativas, sem dúvida, há muito a ser aprendido uns com os outros.
Por um lado, os profissionais com mais de 60 anos trazem consigo uma vasta experiência acumulada ao longo de décadas de trabalho. Essa bagagem é inestimável, pois eles já passaram por uma variedade de situações, aprenderam com sucessos e fracassos, e desenvolveram habilidades interpessoais aprimoradas ao longo do tempo.
Por outro lado, pessoas na faixa dos 20 anos trazem uma perspectiva fresca e inovadora para a equipe. Cresceram em uma era digital e estão intimamente familiarizados com as últimas tecnologias e tendências. Essa proficiência tecnológica pode abrir novas oportunidades de negócios, permitindo que a empresa se adapte e explore novos canais de marketing, comunicação e vendas.
Portanto, compreender o contexto passado, presente e futuro, juntamente com nossos objetivos, desempenha um papel fundamental. Isso não apenas fomenta uma cultura de aprendizado contínuo, mas também facilita a troca de conhecimento entre gerações, promovendo colaboração e crescimento mútuo.
Além disso, cada época da história humana tem influenciado as gerações que a habitaram, imprimindo uma profunda marca em suas mentalidades e comportamentos. Essas influências ao longo da história podem ser vistas nas seguintes gerações:
A Era da Experiência é amplamente conhecida por todos que atuam no mercado de trabalho com marketing de diferenciação. A abordagem centrada na tão aclamada experiência tornou-se uma tendência, e hoje em dia, todas as marcas se esforçam para oferecer algo a mais ao cliente final, indo além da simples venda de um produto ou serviço.
No entanto, com a crescente presença da inteligência artificial em nosso cotidiano, estamos à beira de uma transformação que pode mudar tudo de forma permanente.
Estamos à beira de entrar em uma nova era caracterizada por uma ênfase notável na humanização e no compromisso com o bem-estar coletivo. Neste cenário, emerge a chamada "Era do Herói", protagonizada pela Geração de Diamante, que também é conhecida como a Geração Alpha, representada pelas crianças nascidas a partir de 2010.
Esta era, assim como a sua nova geração, está intrinsecamente ligada à inteligência artificial, e essa conexão será fundamentalmente moldada pelos valores e desafios inerentes a essa revolução tecnológica.
Mas, antes de mais nada, é crucial compreender que, embora as crianças sejam as mais afetadas pelas circunstâncias do contexto em que vivem, todas as outras gerações também são suscetíveis às mudanças e adaptações. A colaboração intergeracional se torna, portanto, essencial para moldar um futuro mais humano, especialmente no âmbito das organizações.
Em um mundo em constante evolução tecnológica e dominado pela inteligência artificial, nossa capacidade de manter e aprimorar nossa humanidade se torna um trunfo valioso. Esta é uma oportunidade única para a gestão de pessoas encontrar um ponto de equilíbrio e adaptação, unindo o potencial das novas tecnologias com os valores e características humanas fundamentais.
Assim, ao reconhecer a importância da colaboração entre gerações e a necessidade de preservar nossa humanidade em um mundo tecnológico, estamos diante de um desafio e uma oportunidade extraordinários. É fundamental que as organizações abracem essa jornada, promovendo ambientes de trabalho que valorizem tanto a inovação tecnológica quanto a conexão humana, assegurando um futuro mais promissor e equilibrado para todos.
*Cristiano Zanetta é reconhecido oficialmente pela Warner Bros como o Batman do Brasil, é empresário, palestrante TED e filantropo. Uma das maiores referências brasileiras em humanização que contribuiu para a reinvenção de ações sociais por todo o país.
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