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Construção de uma marca pessoal favorece os negócios

Segundo a especialista Renata Zveibel, posicionar-se adequadamente e ter uma boa imagem podem transformar profissionais em autoridade no segmento de atuação

Equilíbrio entre aptidões técnicas e inteligência emocional favorece a carreira (Wendy - Loures comunicação/Divulgação)

Equilíbrio entre aptidões técnicas e inteligência emocional favorece a carreira (Wendy - Loures comunicação/Divulgação)

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Publicado em 12 de julho de 2023 às 18h00.

Última atualização em 13 de julho de 2023 às 12h56.

Muito tem se falado sobre a relevância das habilidades e marcas pessoais, superando as capacidades técnicas, para os profissionais que desejam se destacar no mercado, no sentido de construir carreiras mais promissoras. Uma pesquisa da consultoria de recrutamento e seleção Robert Half reforça isso e mostrou que, para 49% dos entrevistados, a inteligência emocional é primordial para uma boa liderança, por exemplo. No entanto, a especialista em Branding Pessoal para empreendedoras e executivas, Renata Zveibel, defende que os benefícios podem ir além e influenciar até nos negócios, uma vez que ter uma boa reputação pode posicionar executivos como autoridade do setor em que atuam.

Um profissional com uma marca pessoal bem desenvolvida, somada a soft skills bem balanceadas com conhecimentos técnicos, consegue se posicionar de forma muito mais consistente, transmite confiança e é capaz de gerenciar as demandas de maneira assertiva e eficaz. Assim, conquista resultados muito mais satisfatórios, especialmente na condição de liderança e tomador de decisões, estando à frente de um empreendimento, colocando-o em uma condição privilegiada de soberania no mercado. Ele pode até ditar regras e tendências”, diz Renata.

Ela explica que o fenômeno ocorre porque, ao posicionar-se adequadamente, os diferenciais de cada um são projetados no mercado, e, no longo prazo, passam a ser referência para as demais, atraindo interesse e elevando o potencial de negociações. “Ao trabalhar a nossa imagem de forma estratégica e intencional, transmitimos uma mensagem de como queremos ser percebidos. Mas, vale dizer que ser uma autoridade não significa autodenominar-se como tal, e sim ser considerado dessa maneira. E quem é bem-visto, naturalmente tem mais chances de fazer negócios. É uma premissa inerente às relações comerciais, que não é novidade”, afirma.

Benefícios diretos da marca pessoal

Trazendo tudo isso para um exemplo prático, o CEO da Butique de Investimentos e Conglomerado Financeiro Lifetime, Fernando Katsonis, afirma que a marca pessoal é um atributo importante na hora da contratação, pois além do colaborador se tornar um exemplo a ser seguido, ainda acaba atraindo mais clientes e performando melhor. O que, consequentemente, é benéfico para a contratante. “Um profissional com uma marca pessoal desenvolvida se posiciona de forma consistente, sabe o seu objetivo e constrói o caminho para chegar lá. Aqui, um profissional que trabalha sua marca pessoal se torna embaixador da empresa por conseguir traduzir os valores que acreditamos de maneira tática e fundamentada”, declara Fernando.

Renata considera que a marca pessoal é a combinação única de habilidades, valores, essência e repertório, que distinguem os indivíduos, especialmente no ambiente corporativo. “É diferente de se vestir ou portar-se bem, como muita gente pode imaginar. O conceito de marca pessoal se traduz no processo de definição e promoção daquilo que te representa, como pessoa, e irá diferenciá-lo da concorrência por isso”, afirma.

Futuro do mercado

Segundo o World Economic Forum, 44% das habilidades básicas para o exercício profissional de hoje devem mudar nos próximos cinco anos, incluindo conhecimento práticos, teóricos e relacionamento interpessoal. Renata aponta que a conclusão do estudo também reforça que o equilíbrio entre aptidões técnicas e inteligência emocional, mais a definição de uma marca pessoal potente, serão cada vez mais primordiais, e estar alinhado com essa transformação pode favorecer tanto quem quer trilhar uma carreira diferenciada, promover uma transição de emprego ou área, ou aqueles que almejam mudanças de cargo e maiores salários, ocupando cargos de alto escalão, assim como para os querem usar da influência para fazer boas transações comerciais. 

No empreendedorismo, trabalhar a marca pessoal também pode ter efeitos positivos. De acordo com o "Relatório de Tendências para 2023", da Consultoria Youpix, empresas que têm líderes ativos na internet são 25% mais bem percebidas. Um bom exemplo disso é a Juliana Mansur, fundadora e diretora criativa da Undertop, de moda feminina. Desde janeiro de 2023, data em que começou a desenvolver mais profundamente sua presença pessoal, especialmente nas redes sociais da empresa, a empresária obteve um aumento orgânico de 42,67% no alcance de seus vídeos e publicações, em comparação com os conteúdos anteriores, antes desse processo de desenvolvimento pessoal e posicionamento de imagem.

Para ela, expor sua marca pessoal nas redes sociais de maneira orientada e estratégica gerou identificação com os clientes e deixou a relação comercial mais humanizada, próxima da realidade, além de vendas. “O tipo de conteúdo que tenho feito, muitas vezes, ajuda outras mulheres em situações que não são só de moda. E isso é minha maior realização. Do ponto de vista de negócio, as vendas também aumentaram, pois tenho sido mais assertiva no contato com os potenciais clientes e na fidelização do que já se relacionam com a marca e comigo”, diz Juliana.

Renata garante, ainda, que há outros inúmeros benefícios em investir na construção da imagem. “Há estudos que revelam que os ganhos são incontáveis, incluindo até reflexos no desempenho financeiro, que pode ser superior em comparação ao rendimento de seus pares menos conhecidos ou bem referenciados pelo mercado”, afirma.

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