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Ranking: As melhores cidades para fazer negócios do Brasil de 2024

Especial destaca cidades da Grande São Paulo, como Cotia e Jandira, e estreia plataforma online

Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo: cidade venceu em duas categorias  (Leandro Fonseca/Exame)

Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo: cidade venceu em duas categorias (Leandro Fonseca/Exame)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 14h00.

São Paulo, a maior cidade do Brasil, está cercada de polos de empresas e negócios por quase todos os lados. Nos últimos anos, a região Oeste da Grande São Paulo ganhou força, um movimento captado pela edição de 2024 do ranking Melhores Cidades para Negócios, uma publicação anual da Urban Systems em parceria com a EXAME, que chega ao 11º ano.

O ranking Melhores Cidades para Fazer Negócios é calculado a partir de um Índice de Qualidade Mercadológica (IQM), que aponta quais municípios oferecem melhores condições para as empresas, com base em dados de população, de fluxo de comércio, características urbanas e infraestrutura, entre outros pontos.

A lista de vencedoras de 2024 é:

  • Serviços - São Paulo
  • Comércio - São Paulo
  • Mercado Imobiliário - Jandira (SP)
  • Saúde - Hortolândia (SP)
  • Agronegócio - Brasília
  • Educação - Carapicuíba (SP)
  • Indústria - Cotia (SP)

A partir desta edição, o ranking de Melhores Cidades para Negócios passará a ficar disponível em uma plataforma online, que será atualizada ao longo do ano, conforme houver atualização dos dados que compõem os rankings e traz os dados completos por categoria.

O estudo é calculado a partir de um Índice de Qualidade Mercadológica (IQM), que aponta quais municípios oferecem melhores condições para as empresas, com base em dados de população, de fluxo de comércio, características urbanas e infraestrutura, entre outros pontos.

O resultado foi anunciado durante o Fórum Infraestrutura, Cidades e Investimentos da EXAME, realizado em São Paulo nesta terça-feira. Acompanhe o evento abaixo:

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A força do Oeste

Das sete vencedoras deste ano, três ficam na região Oeste da Grande São Paulo: Carapicuíba (melhor para negócios na educação), Cotia (Indústria) e Jandira (setor imobiliário). Estas cidades representam uma nova onda de oportunidades em uma região que entrou para o mapa da economia brasileira há mais de 50 anos.

A expansão da região ganhou força após a abertura da rodovia Castelo Branco, em 1968. Na época, os lotes da fazenda Tamboré passaram a receber indústrias e escritórios de empresas, como HP, Sadia e Dupont, na região que ganharia o nome de Alphaville.

Em seguida, os funcionários dessas empresas começaram a comprar terrenos e casas na região, mais baratos que na capital, e o mercado foi crescendo em cidades como Barueri e Osasco. O município, que faz fronteira com São Paulo, tem a sede do Bradesco desde 1957, e, nos últimos anos, recebeu empresas como Mercado Livre, Dafiti e iFood. Como as maiores cidades da região já estão bastante ocupadas, municípios próximos ganham força e atraem negócios e novos moradores, por permitirem acesso a um ecossistema de empresas e serviços já consolidados.

Jandira é uma das cidades que vive um momento de crescimento. “Com a chegada de mais empresas  e o aumento do volume de empregos na cidade, muitos acabam optando por trabalhar e morar mais perto. Em busca de qualidade de vida e menos tempo no transporte, as pessoas estão escolhendo viver em cidades como Jandira”, afirma Paulo Takito, diretor da UrbanSystems.

“Um dos motivos para este mercado estar aquecido é o valor do metro quadrado em Jandira. De acordo com os números da Loft, o preço está em R$ 2.200, o que é considerado muito baixo e dá campo para inúmeras investidas do setor”, diz Takito.

Esforço para desburocratizar

Um ponto em comum entre as cidades vencedoras é a adoção de medidas para facilitar a abertura de empresas e desburocratizar processos. São Paulo, que venceu nas categorias de Comércio e de Serviços, criou uma assessoria contínua, com 200 atendentes, para apoiar os empreendedores. A cidade reduziu o tempo necessário para abrir uma empresa de 100 dias, em 2017, para 17 horas atualmente.

“Temos também microcrédito e apoio às startups, para promover a inovação tecnológica e ajudar as empresas a crescerem”, diz Armando de Almeida Pinto Junior, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico da cidade.

Acompanhe tudo sobre:Melhores cidades para fazer negócios

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