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Queridinho da geração Z: por que os Crocs foram banidos em escolas nos EUA?

Vendas do calçado mais que triplicaram nos últimos quatro anos, mas riscos de acidente preocupam

A Crocs disse que as restrições escolares são "desconcertantes" (Victor J. Blue/Bloomberg)

A Crocs disse que as restrições escolares são "desconcertantes" (Victor J. Blue/Bloomberg)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 29 de outubro de 2024 às 09h48.

Dezenas de escolas em pelo menos 12 estados dos EUA proibiram os alunos de usar Crocs, citando a propensão de alguns jovens de tropeçar e cair ao usar os calçados coloridos sem suas tiras de segurança atrás do calcanhar.

Outras escolas dizem que as sandálias levaram a um aumento de acidentes e distrações, incluindo alunos brincando com os pequenos pingentes que vão com os sapatos na sala de aula e jogando o calçado em seus colegas, segundo reportagem da Bloomberg.

O calçado cresceu em popularidade durante a pandemia e a empresa passou a valer US$ 8 bilhões (R$ 45,65 bilhões) com o sucesso que faz entre crianças, adolescentes e famosos. 

A Crocs disse que as restrições escolares são "desconcertantes" e afirmou que, mesmo que certas escolas os estejam proibindo, ainda são um "calçado do dia a dia."

Anne Mehlman, presidente da marca, falou que a empresa não tem dados que "comprovem que as proibições estejam aumentando."

Vendas triplicaram

A Crocs viu as vendas anuais mais que triplicarem nos últimos quatro anos. Após um período de estagnação durante a década de 2010, a empresa se recuperou a partir de parcerias estratégicas direcionadas a adolescentes.

Depois de collabs com artistas como Post Malone e Justin Bieber, a Crocs está agora entre as dez marcas favoritas dos adolescentes, de acordo com pesquisa semestral da Piper Sandler. As ações dispararam mais de três vezes o desempenho do Índice S&P 500 desde 2018. No ano, a valorização já passou dos 47%.

Ainda assim, há sinais de que o crescimento da empresa pode estar desacelerando. A expectativa é que as vendas subam 0,4% no terceiro trimestre, num período cuja taxa poderia ser mais alta, já que coincide com os meses de compras de volta às aulas. Se for confirmado, o índice seria o mais baixo desde 2020, segundo a Bloomberg.

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