Dia do Orgulho LGBT: 3 criadores de conteúdo do TikTok para seguir e se conectar
A comunidade LGBTQIA+ tem vários representantes e criadores de conteúdo que produzem vídeos diariamente no TikTok, conheça alguns deles
Repórter de POP
Publicado em 28 de junho de 2023 às 11h33.
Nesta quarta-feira, 28, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ , uma data para reforçar a importância do combate a discriminação contra a população LGBTQIA +e celebrar o orgulho de pertencer à comunidade. A data está incluída no calendário em alusão ao movimento dos final anos 1960, em Nova York, conhecido como a "revolta de Stonewall".
De 1960 para cá, o número de influenciadores da comunidade só cresceu. Hoje, eles são uma porcentagem significativa dos criadores de conteúdo na internet, que não só expõem seus trabalhos online, como também compartilham suas vivências, orgulhos e dificuldades do dia a dia.
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Pensando nisso, a EXAME separou três criadores de conteúdo da comunidade LGBTQIA+ para seguir no TikTok. Confira:
Criadores de conteúdo LGBTQIA+ no TikTok
Gabriela Augusto (@gabriela.aug )
Eu sou uma mulher trans e negra, por conta disso sempre sofri com uma série de barreiras e preconceitos. Em determinado momento da minha vida, percebi que grande parte desses problemas não era fruto de uma maldade intrínseca das pessoas e sim da falta de informação. A partir desse momento, passei a atuar com conscientização e letramento sobre diversidade e inclusão. Faço esse trabalho em empresas por meio da Transcendemos Consultoria e também na internet, no meu perfil no TikTok.
Dante Olivier (@dante.olivier )
Me chamo Dante Olivier, tenho 27 anos, sou um homem transgênero, bissexual e hoje minha ocupação principal é Criador de Conteúdo para a Internet, mas já fui muitas coisas antes disso hahaha, produzi eventos, fui barman, vendedor, tatuador, professor de dança e de artes visuais, ator... Sempre fui artista, e sempre vivi na corda bamba da economia justamente por isso. Aos 16 anos, em 2012, descobri que a transgeneridade masculina existia e era uma possibilidade, foi um divisor de águas na minha vida, sempre senti que havia uma desconexão entre como eu me percebia, quem eu sentia que era e como fui socializado, porém só aos 19 anos, já na universidade e após ter procurado auxílio psicológico no Espaço Trans (centro de assistência à pessoas trans do SUS no hospital das clínicas da UFPE) que eu compartilhei isso com o mundo e desde aquele momento passei a dar depoimentos sobre minha transgeneridade em documentários estudantis, rodas de conversa, palestras em escolas, faculdades, centros culturais, a fim de acolher e ajudar outras pessoas que, assim como eu, careciam de informações e referência sobre si mesmas. O mercado de trabalho historicamente tem as portas fechadas para pessoas trans e comigo não foi diferente, vivi muito no aperto e quando finalmente fui contratado para ser professor de dança fixo em uma escola, chegou a pandemia e meu mundo caiu mais uma vez. Nessa, querendo uma distração da realidade acabei instalando o TikTok, comecei produzindo vídeos de dança mas logo passei a registrar e criar outros conteúdos, vlogs, reformas, conselhos e informações sobre a comunidade LGBTQIAP+ e começou a dar muito certo! Meus vídeos foram chegando cada vez mais longe, fui criando uma comunidade e passando a investir mais nisso. Hoje tenho uma empresa, estabilidade financeira, uma equipe, levo minha produção bastante a sério e tudo isso começou por causa do TikTok.
Alê Xavier ( @alexavier )
Me chamo Ale Xavier, tenho 30 anos e sou criadora de conteúdo. O assunto que eu mais entendo, com certeza, é futebol. Eu joguei bola desde cedo e cheguei a ser profissional. Mas desisti por falta de investimento na modalidade e também pelo preconceito. Segui minha vida e me formei em jornalismo. Antes de virar influenciadora, trabalhei três anos na Globo, até que migrei pro Desimpedidos - maior canal de futebol da América Latina. Fui a primeira mulher. Quebrei barreiras. Depois de cinco anos, me juntei com a Luana Maluf e montamos o canal do Passa a Bola, onde vamos visibilidade para mulheres, seja jogando, comentando ou torcendo. Foi aí que eu percebi que, com a minha visibilidade, eu poderia falar sobre assuntos além futebol. Eu faço parte da comunidade LGBTQIA+, sou lésbica, e decidi que ajudaria as pessoas com vídeos sobre este assunto. Comecei este ano criando conteúdo para o TikTok, fazendo vídeos longos e mais sérios, contando um pouco sobre a minha história e desafios que passei, além de vídeos curtos e mais engraçados pra descontrair um pouco. Tem dado muito certo: quando me param na rua pra dizer que meus conteúdos tem ajudado as pessoas, tenho certeza de que o caminho é esse. Se a galera da minha idade tivesse tido a oportunidade de tantos conteúdos sobre esses assuntos, com certeza a gente teria passado de uma maneira diferente pelas dificuldades que enfrentamos.