Beyoncé: cantora pop teve a turnê mais lucrativa de 2025 (Justin Sullivan/Getty Images)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 13h14.
Última atualização em 29 de dezembro de 2025 às 13h17.
Beyoncé oficialmente entrou para o clube dos bilionários. A Forbes anunciou nesta segunda-feira, 29, que a cantora de 44 anos alcançou o marco patrimonial após o sucesso da Cowboy Carter Tour, que percorreu estádios nos Estados Unidos e na Europa em 2025 e se tornou a turnê de maior faturamento do mundo no ano.
Com isso, ela se junta a um grupo restrito de apenas cinco músicos bilionários: seu marido Jay-Z, Taylor Swift, Bruce Springsteen e Rihanna. Dos 22 artistas bilionários identificados pela Forbes, quase metade entrou nesse seleto clube nos últimos três anos.
A estratégia de Beyoncé para construir sua fortuna começou em 2010, quando fundou a Parkwood Entertainment. Ao trazer para dentro de casa praticamente todos os aspectos de sua carreira, ela passou a controlar a produção de músicas, documentários e shows, assumindo os custos para capturar uma fatia maior dos lucros.
"Quando decidi me autogerenciar, era importante não recorrer a uma grande empresa de gestão", disse a cantora em 2013. "Senti que queria seguir os passos da Madonna, ser uma potência, ter meu próprio império e mostrar a outras mulheres que, quando você chega a esse ponto da carreira, não precisa assinar com outra pessoa e dividir seu dinheiro e seu sucesso."
Diferente de outras celebridades que diversificam seus negócios em múltiplos setores, a maior parte da fortuna de Beyoncé vem diretamente da música. Embora tenha empreendimentos como a marca de cuidados capilares Cécred e o uísque SirDavis, são os direitos autorais de seu catálogo e as receitas de turnês que sustentam seu império bilionário.
Com um modelo inovador de "mini-residências", Beyoncé concentrou as apresentações da Cowboy Carter Tour em apenas nove estádios, realizando 32 shows ao longo do ano. A estratégia reduziu custos logísticos enquanto os fãs demonstraram disposição para viajar longas distâncias e pagar valores elevados pelos ingressos.
O resultado foi mais de US$ 400 milhões em vendas de ingressos, segundo a Pollstar, além de US$ 50 milhões em merchandising. Como tudo foi produzido pela Parkwood Entertainment, as margens de lucro foram significativamente maiores do que em modelos tradicionais de turnê.
A produção contou com mais de 350 membros de equipe, 100 carretas de equipamentos e oito aviões cargueiros Boeing 747 para transportar cenários que incluíam um carro voador, braços robóticos servindo seu uísque SirDavis, um touro mecânico dourado e participações especiais da família e ex-integrantes do Destiny's Child.
Somando os ganhos da turnê aos rendimentos de seu catálogo musical e contratos de patrocínio, a Forbes estima que Beyoncé tenha faturado US$ 148 milhões em 2025 antes de impostos, tornando-se a terceira artista mais bem paga do mundo.
Em 2016, Queen Bey foi a primeira mulher a liderar uma turnê exclusivamente em estádios. A Renaissance World Tour, de 2023, arrecadou quase US$ 600 milhões e consolidou seu lugar ao lado de Taylor Swift como um dos maiores ícones da cultura pop mundial.
Além da turnê que a tornou bilionária, 2025 trouxe outros ganhos significativos: US$ 50 milhões pelo show do intervalo de Natal da NFL na Netflix e US$ 10 milhões em parceria com a Levi's. O filme-concerto da Renaissance, distribuído diretamente pela rede AMC, também rendeu US$ 44 milhões globalmente.
Em entrevistas recentes, sempre realizadas por escrito, Beyoncé revelou que Renaissance e Cowboy Carter são as duas primeiras partes de uma trilogia de álbuns de gêneros diferentes. Resta aos fãs especular como será a próxima reinvenção.
Quanto a novas turnês, a cantora deixou claro suas prioridades: "Fiz um esforço extremo para permanecer fiel aos meus limites e proteger a mim mesma e minha família. Nenhuma quantia de dinheiro vale a minha paz", disse à revista GQ. Ela afirmou que, daqui para frente, só pretende sair em turnê quando os filhos não estiverem em período escolar.