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Associação em Hollywood contrata ex-FBI para acabar com streamings ilegais

Em 2019, havia 1.400 sites do tipo na América do Norte; hoje, esse número está perto de 200

Os piratas de conteúdo também estão mais sofisticados, transferindo operações para o exterior (Joel Saget/AFP)

Os piratas de conteúdo também estão mais sofisticados, transferindo operações para o exterior (Joel Saget/AFP)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 25 de junho de 2024 às 10h12.

Nos últimos anos, Hollywood parece que aprende a lutar a batalha contra a pirataria. Na semana passada, cinco homens foram condenados por operar o Jetflicks, um site de streaming ilegal que, segundo promotores federais, oferecia uma programação roubada de programas de TV e filmes maior do que os catálogos combinados de Netflix, Hulu e Prime Video, da Amazon.

Entretanto, os piratas de conteúdo também estão mais sofisticados, transferindo operações para o exterior e aproveitando a crescente popularidade do streaming para roubar mais filmes e séries.

Segundo o New York Times, esse movimento fez com que empresas de entretenimento intensificassem seus esforços antipirataria, contratando um ex-FBI para liderar a campanha e renovar o impulso para que a legislação federal combata o roubo online no exterior. As empresas, incluindo Netflix, Disney, NBCUniversal e Warner Bros. Discovery, também estão expandindo sua segurança contra a pirataria em suas transmissões de esportes ao vivo.

Na segunda-feira, a Motion Picture Association, um associação dos grandes estúdios de Hollywood, disse ter contratado Larissa L. Knapp como sua principal "caçadora de piratas". Durante seus 27 anos no FBI, Knapp ocupou altos cargos em segurança nacional, contraterrorismo, inteligência e segurança cibernética.

Ainda de acordo com o NYT, o esforço antipirataria da associação é conhecido como ACE, que significa Aliança para Criatividade e Entretenimento. Iniciada em 2017, a ACE é uma coalizão de mais de 50 empresas de mídia em todo o mundo. Antes da sua criação, a Motion Picture Association realizava cerca de uma dúzia de ações antipirataria por ano; agora executa uma dúzia ou mais ações por semana. Havia 1.400 sites de streaming ilegais na América do Norte em 2019. O número agora está mais próximo de 200.

A luta contra a pirataria no exterior, sobretudo na Ásia, continua árdua. A MUSO, uma empresa de rastreamento de pirataria, disse em janeiro que sites de vídeo repletos de conteúdo roubado atraíram 141 bilhões de visitas em todo o mundo em 2023, um aumento de 12% em relação a 2019.

A Motion Picture Association também começou a fazer campanha no Capitólio por uma nova ferramenta: o bloqueio de sites ordenado pelo tribunal. Os estúdios querem uma lei que lhes dê a capacidade – sob um processo supervisionado por um juiz federal – de forçar os provedores de serviços de internet a bloquear o acesso a sites de pirataria no exterior. Nos últimos anos, mais de 60 países adoptaram legislação semelhante.

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