Itália: país foi o primeiro europeu a adotar medidas de quarentena (Fabrizio Villa/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2020 às 16h42.
Última atualização em 9 de maio de 2020 às 17h29.
A Itália registrou neste sábado o menor número de novos casos de coronavírus em quatro dias. As autoridades sanitárias locais divulgaram hoje que foram confirmados 1.083 casos no período de 24 horas. No dia anterior, o país havia anunciado 1.327 novos casos.
No total, a Itália registrou até agora 218.268 casos de covid-19. É o terceiro país com maior número de casos confirmados, atrás dos Estados Unidos e da Espanha. Em número de mortes a Itália também ocupa o terceiro lugar, com 30.395 óbitos. O número diário de óbito caiu de 243 na sexta-feira para 194 neste sábado.
A Itália foi o primeiro país europeu a adotar medidas de quarenta. No dia 9 de março, o governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte impôs quarentena em todo o país, restringindo o movimento da população e determinando o fechamento temporário de lojas e negócios não essenciais.
Depois de atingir o pico no fim de março, o número diário de mortes por coronavírus no país vem caindo de forma consistente, o que leva um crescente número de italianos a pedir pelo relaxamento das restrições. Hoje, o diário Corriere della Sera divulgou uma pesquisa mostrando que 58% dos italianos querem que todos os setores econômicos no país sejam retomados o mais rápido possível.
Na última segunda-feira, dia 4, o governo iniciou um relaxamento das medidas de isolamento social. Ao todo, mais de 4,5 milhões de italianos foram autorizados a retornar ao trabalho. Alguns negócios, como bares, restaurantes e o comércio varejista, porém, continuam seguindo as restrições e ainda não podem operar normalmente. O governo se mostra cauteloso em aliviar a quarentena, mas está considerando a possibilidade de autorizar a reabertura das lojas antes de 18 de maio, conforme previu inicialmente.
A Itália é um dos países europeus que sofrerão maior impacto econômico com a pandemia do coronavírus. O Fundo Monetário Internacional prevê que a economia italiana terá uma retração de 9,1% em 2020. Um prognóstico tenebroso para um país que, no ano passado, já havia crescido apenas 0,3%.
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