Chocolate da Turma da Mônica, sucesso dos anos 90, está de volta ao mercado
Brasil Cacau, que chegou a 500 lojas em 2024, planeja abrir mais 50 unidades até o Natal e aposta na nostalgia para impulsionar as vendas
Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 12h17.
Última atualização em 2 de outubro de 2024 às 12h48.
Em comemoração ao seu 15º aniversário, a Brasil Cacau , marca do Grupo CRM , vai relançar o icônico chocolate da Turma da Mônica , frequentemente lembrado nas redes sociais pelos consumidores das décadas de 1990 e 2000. O produto, que deixou os fãs saudosos ao sair das prateleiras no início dos anos 2000, retorna como uma das grandes apostas da marca para o Dia das Crianças, em 12 de outubro.
"Há registros de pessoas que fizeram tatuagens em homenagem ao chocolate, e nos fóruns que discutem produtos da década de 90, o chocolate da Turma da Mônica é um dos que são relembrados com mais saudade", diz Renata Vichi, CEO do Grupo CRM.
Embora o chocolate tenha sido comercializado no passado pela Nestlé , a novidade não tem relação direta com o processo de incorporação à multinacional suíça. Em 2023, o Grupo CRM, também dono da Kopenhagen e da Kop Koffe , foi adquirido pela gigante de alimentos.
"Mesmo com um ano de participação no Grupo Nestlé, o chocolate da Turma da Mônica resulta de uma proximidade de licenciamento que temos com a Mauricio de Sousa Produções. Há mais de um ano, estamos lançando produtos nessa linha", conta Vichi. "O lançamento é fruto da nossa escuta ativa . Acompanhamos fóruns, redes sociais e sites onde os clientes expressam seus desejos de consumo. Estamos aqui para atender a todos, inclusive recebendo sugestões por meio de nossas plataformas, como o Instagram", complementa.
Segundo a executiva, não é de hoje que a Brasil Cacau tem apostado em colaborações e no lançamento de produtos com forte apelo emocional para o público-alvo, como Patrulha Canina, Turma da Mônica e Liga da Justiça, para expandir os negócios. Na Páscoa, as parcerias com a Nestlé, envolvendo os ovos Lollo e Prestígio, lideraram as vendas e foram as principais responsáveis pelo rápido esgotamento das prateleiras.
Foco em expansão
Além do relançamento do chocolate da Turma da Mônica, a Brasil Cacau vive um momento de forte expansão. A marca inaugura sua loja de número 500 em 2024 e pretende abrir mais 50 unidades até o Natal.
A empresa, que nasceu em 2009 com a proposta de democratizar o chocolate no Brasil, viu suas vendas crescerem 45%, entre 2019 e 2023, ampliando sua base com 100 novas lojas.
Segundo a CEO, a recente aquisição do Grupo CRM pela Nestlé impulsionou o crescimento da marca. Para 2024, a previsão é que o faturamento atinja novos recordes. “Fizemos o resultado de cinco anos em três e temos um plano sólido de expansão. Este será o melhor ano da nossa história”, aposta a executiva.
A expectativa é que o número de lojas ultrapasse 550 unidades até o final do ano, com o lançamento de novos produtos e inovações, como as microfranquias de baixo custo, que podem ser abertas por R$ 49.900. Atualmente, a Brasil Cacau já representa 40% do total de lojas do Grupo CRM.
Recentemente, o Clube Brasil Cacau, programa de fidelidade da marca, superou 2 milhões de clientes ativos, dos quais cerca de 1 milhão foram credenciados entre fevereiro e agosto deste ano.
O que aconteceu com o chocolate da Turma da Mônica
Um tablete de chocolate ao leite com os personagens da Turma da Mônica, elaborados em chocolate branco, foi a receita que garantiu o sucesso da Nestlé com os Chocolates Turma da Mônica.
No entanto, no final da década de 1980, o contrato de produção com a Nestlé não foi renovado. Naquela época, a empresa internacional firmou licenças com outras produções de desenhos animados, o que impossibilitou a continuidade do acordo.
A Maurício de Sousa Produções chegou a licenciar a icônica turminha para outros produtos e empresas, como a Neugebauer, mas o “original” nunca saiu da memória do público.