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As 10 marcas mais inclusivas do mundo, segundo pesquisa; Google lidera ranking

Levantamento ainda mostra que 86% dos brasileiros acreditam que as empresas das quais compram devem promover diversidade e inclusão

 (Divulgação/LGBT)

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Juliana Pio
Juliana Pio

Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais

Publicado em 18 de julho de 2024 às 16h39.

Última atualização em 18 de julho de 2024 às 17h42.

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A empresa de dados e análise de marketing Kantar lançou nesta quinta-feira, 18, um estudo para medir a percepção dos consumidores brasileiros sobre as práticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) das marcas. O Brand Inclusion Index 2024 (BII) também revela as 10 empresas mais inclusivas do mundo, com o Google liderando o ranking, seguido de Amazon e Nike (veja abaixo).

A Kantar entrevistou mais de 23.000 pessoas em 18 países. No Brasil, a pesquisa incluiu a opinião de 1.012 indivíduos de quatro grupos sub-representados: mulheres, pessoas pretas e pardas, pessoas com deficiências (PCDs) e a comunidade LGBTQ+.

Segundo o levantamento, 86% dos brasileiros consideram importante que as empresas com as quais fazem negócios promovam ativamente a diversidade e a inclusão, tanto internamente quanto na sociedade. Em comparação, a média global é de 75%. Além disso, 88% afirmam que diversidade e inclusão são importantes para eles, enquanto globalmente esse número é de 79%.

Embora 76% dos entrevistados acreditem que as empresas têm a responsabilidade de tornar a sociedade mais justa, 54% relatam ter sofrido algum tipo de discriminação, sendo 70% desses episódios no local de trabalho ou em estabelecimentos comerciais.

O Google foi avaliado como a marca mais inclusiva do mundo. Os consumidores dos grupos escolhidos pelo BII elogiaram a gigante de tecnologia pelo seu compromisso com DEI nas suas políticas internas, produtos e marketing, pela sua representação autêntica de pessoas de todas as esferas da vida e pela inovação de ponta para a inclusão.

“A população percebe que as marcas trazem mais DEI em suas comunicações hoje em dia, mas ainda existe uma distância entre o que elas falam e fazem. As marcas mais bem sucedidas em DEI, na percepção dos brasileiros, são aquelas que não só comunicam suas ações, mas que de fato transformam a sociedade em que estão inseridas", diz Maura Coracine, diretora de digital e mídia da Kantar Insights Brasil.

O BII concentra-se na percepção dos consumidores sobre diversidade, equidade e inclusão de uma marca – o que eles veem, sentem, pensam e como a consideram como resultado. Os entrevistados foram solicitados a citar uma empresa considerada inclusiva, e 43% conseguiram nomear uma, destacando Natura, O Boticário e Globo como exemplos positivos.

“Nossa análise mostra que as marcas mais inclusivas têm três coisas em comum: uma estratégia de DEI bem pensada e comprometida em longo prazo, uma execução criativa impecável e coragem”, afirma Rafael Farias Teixeira, executivo de marketing da Kantar Insights Brasil e um dos responsáveis pelo estudo. “Trata-se de coragem de criar essas ações e se manter firme no propósito de dar voz a esses grupos sub-representados.”

O BII traz uma análise de diferentes setores e marcas, avaliando o desempenho em quatro dimensões principais: estratégia DEI, diversidade, equidade e inclusão, medidas por meio de nove indicadores. A análise abrange a ausência de ações negativas, a presença de iniciativas positivas e a coragem demonstrada pela marca quando outros grupos já bem representados se sentem ameaçados pela atenção que ela está demonstrando pelas populações sub-representadas.

As 10 marcas mais inclusivas do mundo:

Algumas conclusões do estudo incluem:

  • 94% das mulheres e pessoas da comunidade LGBTQ+ no Brasil consideram importante que as empresas promovam ativamente a diversidade e a inclusão;
  • Pessoas LGBTQ+ (69%) e PCDs (66%) são as que mais relataram discriminação no último ano;
  • A maioria dos episódios de discriminação ocorre no local de trabalho (31%), seguido por redes sociais (23%);
  • Apenas 20% dos entrevistados se sentem representados o tempo todo em comunicações (69% algumas vezes e 6% nunca).
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