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Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"

Desde 2006, quando se comprometeu a doar a maior parte de seu patrimônio, Buffett já distribuiu 56,6% de suas ações da empresa

Buffett, de 94 anos, se comprometeu a doar boa parte de sua fortuna (Daniel Acker/Bloomberg via/Getty Images)

Buffett, de 94 anos, se comprometeu a doar boa parte de sua fortuna (Daniel Acker/Bloomberg via/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 25 de novembro de 2024 às 17h22.

Última atualização em 25 de novembro de 2024 às 17h26.

O megainvestidor Warren Buffett fez uma doação de US$ 1,14 bilhão em ações da Berkshire Hathaway (BRK/A) nesta segunda-feira (25). Boa parte do valor foi doado para fundações de caridade administradas por seus três filhos: Howard, Peter e Susie Buffett. A doação faz parte da longa promessa do bilionário de distribuir sua fortuna para causas filantrópicas.

Desde 2006, quando se comprometeu a doar a maior parte de seu patrimônio, Buffett já distribuiu 56,6% de suas ações da Berkshire Hathaway. O empresário reiterou que sua intenção nunca foi criar uma dinastia familiar, mas garantir que suas ações fossem gradualmente doadas por seus filhos.

"Eu nunca desejei criar uma dinastia ou perseguir qualquer plano que fosse além dos meus filhos", disse ele em carta para os acionistas. O oráculo de Omaha ainda afirmou que tinha confiança desde o começo de que ficaria rico.

"Enquanto escrevo isso, continuo minha maré de sorte que começou em 1930, com meu nascimento nos Estados Unidos como um homem branco", disse ele. Segundo Buffett, a "boa fortuna resultou em uma 'filosofia filantrópica'" que ele passou para os seus filhos e a outros acionistas da Berkshire.

Aos 94 anos, Buffett revelou um plano atualizado para a gestão de seus bens após sua morte. Em sua herança, está prevista a doação de 99,5% de sua riqueza. Buffett tem uma fortuna estimada em US$ 150 bilhões, segundo o ranking de bilionários da Bloomberg.

Em sua nova herança, ele indicou três "sucessores de confiança" para cada um de seus filhos, assegurando que as decisões futuras sobre o destino das ações e dos fundos serão tomadas coletivamente. Os três sucessores deverão tomar decisões unânimes sobre a distribuição da fortuna, garantindo que o processo seja guiado por diferentes perspectivas.

"A enorme riqueza que acumulei pode levar mais tempo para ser utilizada do que meus filhos viverão", escreveu Buffett. "E as decisões de amanhã provavelmente serão melhores se tomadas por três cérebros vivos e bem orientados do que por uma mão morta."

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