Scott Nathan, CEO da DFC, e Augusto Lins, CFO da Stone (Alexandre Schneider/Divulgação)
Repórter de Invest
Publicado em 13 de março de 2024 às 20h44.
Última atualização em 14 de março de 2024 às 14h42.
A Stone e a Corporação Financeira dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (DFC, na sigla em inglês) assinaram nesta quarta-feira, 13, o compromisso de financiamento de R$ 2 bilhões. O montante será usado para financiar pequenos e médios empreendimentos (PMEs) – liderados por mulheres ou que tenham elas na maioria da sua composição – por meio da antecipação de recebíveis que a credenciadora oferece aos seus clientes.
Segundo o diretor-presidente do DFC, Scott Nathan, este é um trabalho que o governo americano, sob a gestão de Joe Biden, tem realizado em diferentes partes do mundo, a fim de investir no desenvolvimento de países emergentes. “São as pequenas e médias empresas que ajudam as populações na inclusão financeira e sem [investimentos como esse] eles não teriam acesso ao crédito. Financiar as PMEs é essencial para o desenvolvimento dos países”, disse.
E esse compromisso pela sustentabilidade financeira de micros, pequenos e médios negócios é um dos propósitos da Stone. Foi o que o fundador e Senior Advisor da companhia, Augusto Lins, defendeu durante o evento. “As PMEs têm uma representatividade muito grande no Brasil e é um dos nossos principais segmentos. Por isso, esse financiamento nos ajudará a apoiar a nossa estratégia de ajudá-los”, disse o sócio-fundador da Stone.
Entre os diferenciais do financiamento, Lins aponta que os recursos serão utilizados para ampliar a capacidade de oferta do produto de antecipação de recebíveis da credenciadora, que terá como foco os negócios majoritariamente conduzidos por mulheres nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
A DFC ainda anunciou que vai abrir o seu primeiro escritório na América Latina, localizado na cidade de São Paulo. Nathan ainda destacou que neste ano é comemorado 200 anos de relações entre o Brasil e os Estados Unidos, e que a abertura do escritório regional vai reforçar esse laço por mais anos.
“Faz parte do nosso esforço pelo Brasil e o motivo pelo qual estamos fazendo essa visita é para dar visibilidade às transações que já realizamos. Atualmente, temos cerca de US$ 1,7 bilhões em investimentos em diversos setores, mas ainda pretendemos aumentar esse valor”, disse o CEO da DFC.