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Meta, empresa por trás do Facebook, sofre crise e deverá demitir em massa

Gigante de tecnologia de Mark Zuckerberg não tem obtido bons resultados com metaverso e deverá cortar milhares de vagas

Mark Zuckerberg admite que a Meta poderá terminar 2023 com menos funcionários (Drew Angerer/Getty Images)

Mark Zuckerberg admite que a Meta poderá terminar 2023 com menos funcionários (Drew Angerer/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2022 às 19h53.

Parece que a Meta, empresa por trás do Facebook, seguirá o mesmo plano de demissões em massa do Twitter. E, de acordo com o The Wall Street Journal, a previsão é de que o layoff comandado por Mark Zuckerberg seja o maior da indústria de tecnologia nos últimos meses, o que também marca a retração desse setor – que viveu um período de crescimento durante a pandemia.

Rumores indicam que a Meta já notificou mais de 87 mil funcionários e pediu para que cancelassem qualquer viagem marcada para a próxima semana. Não existe confirmação de quantos funcionários devem ser afetados pelas demissões. Mas, segundo relatos de fontes à publicação norte-americana, a expectativa é de que milhares de vagas sejam cortadas a partir de quarta-feira, 9.

Caso o layoff realmente se concretize, será a primeira demissão em massa da companhia desde que foi fundada há 18 anos. E, ainda que proporcionalmente a previsão é de que o corte seja menor que em relação ao Twitter – que cortou praticamente metade da equipe desde a compra por Elon Musk –, há especulações de que a Meta superará qualquer histórico em número absoluto.

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Procurada pelo The Wall Street Journal, a empresa de tecnologia se recusou a comentar os rumores e apenas reiterou o posicionamento de Mark Zuckerberg, que declarou recentemente que os planos da Meta seriam “focados em investimentos para poucas áreas com alta prioridade de crescimento”. Em outubro, o próprio CEO admitiu que, até o fim de 2023, a equipe pode diminuir.

Com movimentações e reestruturações que já vêm acontecendo nas últimas semanas – inclusive de áreas que foram totalmente absorvidas ou eliminadas –, a Meta já vinha mudando direcionamentos e indicando a possibilidade de cortes maiores. “Sendo realista, é provável que existe muita gente na empresa que não deveria estar aqui”, disse Zuckerberg aos funcionários em junho.

Se por um lado a companhia da tecnologia contratou mais de 27 mil funcionários entre 2020 e 2021, além de 15.344 nos primeiros meses deste ano, por outro sofreu duras perdas frente ao mercado e viu as ações perderem cerca de 70% do valor em 2022. Não bastassem os investidores assustados, a Meta lida com crescimento da rival TikTok e novas normas de privacidade da Apple.

De acordo com a publicação norte-americana, outro problema enfrentado por Mark Zuckerberg é o aumento de gastos, que reduziram em 98% o fluxo de caixa livre no último trimestre. Em parte, isso se deve a investimentos para desenvolver a plataforma Reels (que exibe vídeos curtos no Instagram) e a Reality Labs, divisão responsável por criar acessórios dedicados ao metaverso.

Para o fundador e CEO, o metaverso é tido como uma “constelação de mundos virtuais interligados na qual as pessoas podem trabalhar, se divertir, viver e comprar”. Mas os acionistas já vêm os planos com ceticismo e, no último mês, a Altimeter Capital publicou uma carta aberta na qual recomendava que a empresa de tecnologia diminua o entusiasmo em relação a essa nova frente.

Com investimentos que superaram os 15 bilhões de dólares desde o ano passado, a divisão dedicada a realidade aumentada – chamada Horizon Worlds – não impressionou os usuários e, de acordo com a publicação, o número de participantes diminui nos para menos de 200 mil pessoas. Mesmo assim, o executivo reforçou o compromisso no último mês, em conferência com analistas.

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