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Dividendos da Taesa (TAEE11) perdem força após queda do lucro

Empresa de energia teve queda de 94% no lucro líquido do quarto trimestre do ano passado

Taesa: lucro ajustado pelo IFRS caiu 34% no acumulado de 2022 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Taesa: lucro ajustado pelo IFRS caiu 34% no acumulado de 2022 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 16 de março de 2023 às 12h09.

Última atualização em 17 de março de 2023 às 10h21.

A empresa transmissora de energia Taesa (TAEE11), tradicional pagadora de dividendos, viu sua distribuição ao acionista cair em 2022 se comparado ao recorde do ano anterior. 

Considerando os R$ 460 milhões em dividendos já anunciados em janeiro, os pagamentos referentes a 2022 chegam a R$ 1,2 bilhão, uma rentabilidade (dividend yield) de 9,7%, representando 85,9% do lucro IFRS.

O pagamento foi menor que o recorde de R$ 1,79 bilhão pago em 2021, com dividend yield de 13%, aponta relatório do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME).

A queda na distribuição já era esperada por investidores e analistas, e reflete as condições de mercado. A companhia foi impactada pela queda da inflação, que afetou as correções dos contratos de transmissão da Taesa. As quedas nas margens da construção também impactaram negativamente o resultado e, consequentemente, a distribuição de dividendos no período.

Taesa (TAEE11) tem queda de 94% no lucro do 4º trimestre

O lucro líquido da Taesa ajustado pelas normas contábeis internacionais (IFRS) foi de R$ 23 milhões no quarto trimestre de 2022, queda de 94,6% na comparação anual. 

Já o Ebitda (Lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi de R$ 219 milhões, baixa de 60% frente à mesma janela do ano anterior.

No acumulado de 2022, o lucro líquido IFRS da Taesa foi de R$ 1,45 bilhão, queda de 34,5% em comparação com 2021. 

Vale lembrar que a política de dividendos da Taesa estabelece um pagamento mínimo de 50% do lucro ajustado pelo IFRS, mas as distribuições foram de quase 100% nos últimos dois anos. 

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