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Diretor do Fed diz não ver urgência para começar a cortar juros

Christopher Waller considera apropriado reduzir dimensão dos cortes de juros em 2024 ou empurrá-los mais para a frente

Sede do Federal Reserve (Fed), em Washington (EUA) (Smith Collection/Gado/Getty Images)

Sede do Federal Reserve (Fed), em Washington (EUA) (Smith Collection/Gado/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 27 de março de 2024 às 20h15.

Diretor do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller afirmou que não está pronto e nem tem urgência para começar a cortar juros, e que quer ver pelo menos mais dois meses de dados para avaliar se a hora chegou.

Waller avaliou que os índices de preços CPI e PCE de janeiro e fevereiro "decepcionantes" sugerem que o progresso desinflacionário desacelerou ou parou - o que só poderá confirmar depois de novas leituras, disse ele. Mas, de antemão, Waller considera apropriado reduzir dimensão dos cortes de juros em 2024 ou empurrá-los mais para a frente.

O dirigente ponderou que apenas dois meses de dados não necessariamente indicam tendência, e frisou que o Fed vinha fazendo progresso contra a inflação. Mesmo assim, "embora eu não queira reagir excessivamente a dois meses de dados, eu acredito que seja apropriado ter alguma reação", disse ele em discurso em evento do Clube Econômico de Nova York nesta noite.

Segundo Waller, haveria ainda ampla evidência de que os dados foram digeridos pelos mercados financeiros e analistas e incorporados nas suas projeções econômicas.

"Os mercados diminuíram o número de cortes de juros esperados para 2024", comentou. As projeções dos dirigentes do Fed, publicadas junto com a decisão de política monetária de março, também mostrariam um ajuste na visão dos formuladores de política, acrescentou o diretor.

"Interpreto que o Comitê Federal de Mercado Aberto não está reagindo excessivamente aos dados recentes, mas também não está descartando-os", afirmou.

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