Nesta terça-feira, 7 de março, o Ibovespa fechou em queda de olho nos Estados Unidos. Por lá, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), indicou que novas altas de juros estão no radar.

“Os dados econômicos mais recentes foram mais fortes do que o esperado, o que sugere que o nível final das taxas de juros provavelmente será mais alto do que o previsto anteriormente”, disse Powell em seu primeiro dia de depoimento no Congresso americano.

Além dos juros mais altos, Powell sugeriu também uma elevação no ritmo das altas. “Se a totalidade dos dados indicasse que um aperto mais rápido é justificado, estaríamos preparados para aumentar o ritmo das altas de juros”, disse.

Ibovespa hoje

• IBOV: - 0,45%, para 104.228 pontos 

Depois do depoimento, a curva de juros abriu nos Estados Unidos, com investidores precificando uma elevação maior que os 0,25 ponto percentual da última alta em fevereiro. Quase 70% do mercado já prevê uma elevação de 0,5 p.p. na próxima decisão, segundo levantamento do CME Group. O Fed irá bater o martelo sobre a questão no dia 22 de março.

E com a renda fixa ganhando força, os índices de ações americanos aprofundaram as perdas.

• Dow Jones: - 1,72%
• S&P 500: - 1,53%
• Nasdaq: - 1,25%

Commodities: Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) recuam

As duas maiores ações da bolsa tiveram um dia de queda com o viés negativo no exterior. A perspectiva de juros mais altos nos EUA trazem consigo uma ameaça de recessão para a maior economia do mundo – que, no limite, pode impactar a demanda por commodities como petróleo e minério de ferro.

O petróleo Brent, referência para os papéis da Petrobras, caiu 3,5% e todas as petroleiras listadas fecharam em forte queda.

• Petrobras (PETR4): - 3,31%
• Petrobras (PETR3): - 3,03%
• Prio (PRIO3): - 3,00%
• 3R Petroleum (RRRP3): - 1,85%

Queda também para a Vale (VALE3) e siderúrgicas, que ontem já ficaram entre as maiores baixas do Ibovespa com uma meta de crescimento abaixo do esperado na China. 

• CSN (CSNA3): - 1,37%
• Gerdau (GGBR4): - 1,37%
• Usiminas (USIM5): - 1,26%
• Metalúrgica Gerdau (GOAU4): - 1,19%
• Vale (VALE3): - 0,95%

Fechamento do dólar

• Dólar comercial: + 0,44%, a R$ 5,194

Maiores altas na bolsa hoje

As ações das aéreas estenderam os ganhos depois da disparada de ontem, quando a Azul (AZUL4) saltou quase 40%. A Azul firmou acordos com seus arrendadores de aviões que devem eliminar a queima de caixa de R$ 3 bilhões prevista para esse ano. Investidores gostaram da notícia, e as ações continuaram em alta. 

• Azul (AZUL4): + 20,12%
• CVC (CVCB3): + 9,88%
• Gol (GOLL4): + 5,67%

Maiores quedas na bolsa hoje

Na ponta negativa, Dexco (DXCO3) liderou as baixas. A empresa apresenta seus resultados do quarto trimestre amanhã, após o fechamento do mercado.

• Dexco (DXCO3): - 6,79%
• BRF (BRFS3): - 4,17%
• Petrobras (PETR4): - 3,31%

Que horas abre a bolsa de valores?

A bolsa de valores do Brasil, a B3, opera das 10h às 17h55 segundo o horário de Brasília. Essa negociação ocorre apenas nos dias da semana, de segunda-feira à sexta-feira. Nesse período, é possível escolher ações da bolsa para investir.

Ou seja: o horário de funcionamento da B3 é similar a um horário comercial. Também não há funcionamento nos dias de feriado.

Entretanto, alguns ativos específicos possuem horários de negociação diferenciados. Por exemplo: o Mercado a Termo vai das 10h às 17h25. Além disso, o Índice Futuro do Ibovespa vai de 9h até 17h.

A negociação com dólar futuro vai de 9h às 17h. Por fim, a negociação com juros futuros vai das 9h às 16h15, mas possui sessão estendida até as 18h.

Além disso, há ativos que possuem menos tempo de negociação: opções sobre Índice de Ações negociam entre 10h05 e 16h50; já o Mercado de Opções está aberto das 10h05 até 16h55.

Há, ainda, alguns horários específicos de pré-abertura, que ocorrem às 09h45 (15 minutos antes da abertura do mercado).