Invest

BRL: O que é? O que significa? Como funciona?

O código BRL é muito observado em sites e apps de compras internacionais. Entenda para que ele serve na prática

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 06h00.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2024 às 10h58.

Ao realizar compras internacionais em plataformas pela internet, é comum que os consumidores se deparem com o termo BRL. Mas será que de fato você sabe o que significa esse termo?

Apesar desse código simbolizar o real, quando o preço de um produto é colocado em BRL não é porque ele está sendo vendido diretamente em moeda brasileira. O valor que aparece ali é uma estimativa de quanto aquele item valeria após conversão para o real. Entenda o que é BRL e onde essa sigla é utilizada.

Compare as melhores opções de produtos para você e saiba como fazer o seu dinheiro render mais

O que é BRL?

No contexto de comércio, por exemplo, enquanto o “R$” é usado para demonstrar o valor do produto que já está precificado em reais, o BRL representa uma projeção de preço após a conversão de uma outra moeda para o real.

Nesse sentido, a função do BRL seria exibir o preço de produtos em sites de compras internacionais com valor estimado em reais, além de servir para converter os valores por meio da taxa de câmbio.

Qual o significado da sigla BRL?

BRL é uma sigla ou código monetário que faz referência ao real brasileiro, embora ele seja o símbolo oficial da moeda no Brasil, já que essa função é realizada pelo “R$”.

Por que BRL é diferente do real?

A principal diferença entre BRL e real é que enquanto o primeiro termo é um código usada para conversão de outras moedas para o real, o segundo se refere ao nome da moeda oficial do Brasil.

Sendo assim, apesar de representarem a mesma coisa, na prática, eles são utilizados de formas diferentes, o que acaba confundindo muitas pessoas que buscam entender o que significa BRL.

Qual a diferença entre BRL e real?

Para entender melhor a diferença entre real e BRL, vale citar um exemplo. Suponha que em uma plataforma brasileira X o preço de um produto é R$ 2.000,00. Enquanto isso, o mesmo produto no site estrangeiro Y, que vende inicialmente aquele item em dólar, mostra o preço na tela de 1841,25 BRL.

Desse modo, na plataforma X, o produto já foi colocado pelo vendedor como R$ 2.000,00, enquanto no site estrangeiro Y o produto foi colocado à venda por US$ 380,00. Assim, convertendo para o real conforme a taxa de câmbio, com uma cotação hipotética do dólar de R$ 4,85, o preço do item chega a R$ 1841,25, mostrado no site como 1841,25 BRL.

No segundo caso, o valor representado em reais é apenas estimado. Ele pode variar conforme mudanças na taxa de câmbio e segundo o tipo de cotação usada pelo site, que pode ser diferente da utilizada por operadoras e bancos.

Quais eram os códigos monetários das moedas antes do real?

O real entrou em circulação no dia 1º de julho de 1994, com o objetivo de controlar a crise inflacionária do Brasil vivida até aquele período. Por isso, a nova moeda brasileira foi instituída durante o governo do presidente Itamar Franco.

Mas antes mesmo da criação do real, outros códigos monetários eram utilizados para representar as diferentes moedas que existiram no Brasil.

Entre os anos de 1970 e 1986, por exemplo, a moeda corrente era o Cruzeiro, que tinha o código BRB. A volta de uma moeda com esse mesmo nome ocorreu nos anos de 1990, que durou até 1993, mas com o código BRE. Já o Cruzeira Real, utilizado entre 1993 e 1994, usou a sigla BRR.

O Cruzado, por sua vez, era representado pelo código BRC, entre os anos de 1986 e 1989. Nos dois anos seguintes, a moeda oficial brasileira era o Cruzado Novo, com o código BRN.

Confira o simulador que ajuda a escolher os melhores produtos para investir

Códigos ISO das moedas de outros países

O código monetário BRL compõe um padrão internacional de moedas correntes, estabelecido pela Organização Internacional para Padronização, chamado ISO 4217. Essa padronização foi feita de modo que os códigos de moedas pudessem ter 3 caracteres.

Dos 3 caracteres, os 2 primeiros devem fazer alguma referência ao país da moeda, enquanto o terceiro pode ser uma letra aleatória, ou seja, sem uma regra definida. Não por acaso, todos os códigos de moedas brasileiras desde a criação do ISO 4217 começaram com “BR” e tiveram uma terceira letra sempre diferente da utilizada anteriormente.

Assim, a “moeda” BRL foi criada no ano de 1978, juntamente com a ISO 4217. Como se trata de um padrão internacional, os demais países também passaram a ter suas próprias siglas representativas de moedas correntes.

Confira abaixo 10 exemplos de códigos ISO das moedas de outros países:

  1. Dólar Americano - USD
  2. Dólar Canadense - CAD
  3. Dólar Australiano - AUD
  4. Dólar Singapurense - SGD
  5. Libra Esterlina - GBP
  6. Euro - EUR
  7. Franco Suíço - CHF
  8. Iene Japonês - JPY
  9. Rúpia Indiana - INR
  10. Yuan Renminb Chinês - CNY

Onde a sigla BRL é utilizada?

Geralmente, a sigla BRL é utilizada em duas situações principais: para compras internacionais e para identificação do real no sistema de câmbio. 

O primeiro caso é mais comum de ser observado em plataformas de produtos importados ou de fabricação estrangeira, em que os preços dos itens em moeda estrangeira são convertidos em BRL, apresentando uma estimativa do valor do produto em reais.

Um ponto importante a ser observado nesses casos é que o preço de produtos em BRL pode variar. Isso acontece em razão do câmbio flutuante, fazendo com que as movimentações do dólar frente ao real e o tipo de cotação utilizada pelo site possa influenciar no valor final do item.

No segundo caso de uso, observar as cotações de outras moedas em relação ao real pode ser mais simples usando os códigos estabelecidos no ISO 4217. Sendo assim, a sigla BRL pode ser útil quando for preciso realizar trocas de moedas.

Quais os custos envolvidos em compras internacionais?

Ao realizar compras internacionais, os principais custos envolvidos estão associados aos tributos, como é o caso do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Além disso, algumas empresas de cartão de crédito e débito podem cobrar taxas adicionais quando se trata de compras internacionais. Essas taxas podem variar conforme o banco ou instituição financeira do cartão e também de acordo com o meio de pagamento utilizado.

Quando se usa o cartão de crédito para compras internacionais, por exemplo, o custo adicional gerado ao consumidor é de 6,38%. 

Por isso, no intuito de evitar surpresas após a realização da compra, é importante consultar previamente o banco ou instituição. 

Com isso, ao buscar entender como funcionam os custos das compras internacionais em cada caso, é possível ver opções de como economizar dinheiro e tomar medidas mais inteligentes do ponto de vista da educação financeira.

Confira o simulador que ajuda a escolher os melhores produtos para investir

Foi possível entender o que é BRL e o que significa essa sigla para o real? Acompanhe outros conteúdos do nosso Guia de Investimentos.

Acompanhe tudo sobre:Guia de InvestimentosReal

Mais de Invest

Ibovespa recua em véspera de feriado diante de tensão entre Rússia e Estados Unidos

Sabesp firma contrato de R$ 1 bilhão em financiamento com a IFC para projetos de saneamento básico

Leilão da Receita tem lote com iPhone 14 Pro Max a partir de R$ 800

Tem pregão na quarta-feira? Veja o funcionamento da B3 no feriado do Dia da Consciência Negra