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Exchange de criptomoedas: conheça as “corretoras” das criptomoedas e como escolher

É por meio das exchanges que investidores têm acesso a um leque de criptomoedas e podem se expor a essa classe de ativo

. (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 09h35.

Última atualização em 28 de maio de 2024 às 19h28.

Com a aprovação dos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos e a iminência do halving, evento de grande importância para o Bitcoin, a busca por alocações nessa classe de ativos cresceu de forma muito forte.

E, para ser possível ao investidor acessar todas as criptomoedas disponíveis no mercado, é necessária a abertura de conta em um exchange, que nada mais é do que a “corretora” das criptomoedas.

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O que é uma exchange de criptomoedas?

A tradução para exchange é intercâmbio. Dessa maneira, as exchanges de criptomoedas são plataformas que possibilitam as transações entre os investidores e demais agentes da rede.

Nelas, é possível realizar a compra, venda e, em alguns casos, a guarda dos ativos comprados, podendo ser desde o bitcoin até as altcoins menos conhecidas.

Importante lembrar, que no mundo das criptomoedas existem as exchanges centralizadas, onde se sabe quem é o dono e as descentralizadas, nas quais não existe um controle de nenhum intermediário.

Como as exchanges funcionam?

As exchanges, como a tradução literal permite inferir, são responsáveis pela intermediação das negociações de criptomoedas entre aqueles que querem comprar e os que querem sair de uma posição.

Como as negociações são realizadas dentro delas, elas também são responsáveis pela custódia dos ativos, ou seja, os investidores que desejam deixar suas criptomoedas na exchange contam com o serviço de custódia desses ativos.

Dessa maneira, para facilitar o entendimento, pode-se fazer uma relação da exchange com as corretoras tradicionais onde são negociadas as ações e fundos imobiliários.

Assim, a única diferença para as corretoras tradicionais são os ativos negociados, que no caso da exchange são as criptomoedas e, em alguns casos, os NFTs (“non-fungible token”).

Além disso, é importante entender, que diferente do que ocorre com as corretoras tradicionais, no caso das exchanges cada uma delas se configura como um “bolsa de valores”.

O funcionamento delas também é diferente, visto que o horário de negociação é 24h todos os dias.

Como escolher uma exchange?

Escolher onde você irá realizar as negociações das suas criptomoedas é fundamental e, para isso, dois pontos são muito importantes: a reputação/histórico e os custos.

Em relação à reputação, é importante saber há quanto tempo ela existe, o quadro societário, bem como todas as informações cruciais atreladas ao CNPJ.

Na mesma linha, buscar por reclamações em grandes sites, como o Reclame Aqui e se já existem processos contra a exchange já será um grande passo.

Soma-se a isso a pesquisa nos órgãos reguladores, para entender se a exchange que pretende abrir conta está com todas as leis relativas a esse mercado e a atuação dessas empresas.

Por fim, se atente aos custos de cada uma delas e veja como é o volume de negociação, pois entrar em uma exchange com baixo volume impedirá você de realizar a compra e venda das criptomoedas com maior facilidade.

Quais são as taxas das Exchanges?

Dentro da exchanges é comum que não exista nenhuma taxa no momento de depositar os recursos, porém na hora de vender e realizar o saque das criptomoedas em reais, existem algumas que cobram taxas sobre a operação.

Em linhas gerais, os custos na hora do saque vão de 0,2% a 1,89%, os quais ainda podem ser acrescidos por uma taxa fixa que pode chegar a R$ 10,00.

Além da taxa de saque, é possível encontrar exchanges que cobram sobre as ordens passivas e as ordens ativas. Nestes casos, as taxas para ordem passiva vão de 0,10% a 0,35% e para as ordens ativas de 0,10% a 0,70%.

Portanto, antes de abrir a sua conta verifique como são os custos da exchange escolhida, pois essas taxas podem impactar muito os seus resultados dentro do mercado de criptomoedas.

Como abrir uma conta em uma exchange?

Abrir conta em uma exchange, geralmente, é gratuito e realizado de forma muito simples, por meio dos seus sites ou aplicativos.

Para realizar a abertura de conta, será necessário enviar informações de RG, CPF, comprovante de residência e, no caso de empresa, CNPJ.

Além dos documentos, é necessário informar o CEP, nome da mãe e o país de origem de quem está realizando a abertura da conta.

Após enviar o documento, em questão de poucos minutos a conta já é liberada, mas para fazer o acesso, ainda será solicitado cadastro de uma verificação em dois fatores, conhecida como 2FA.

Isso garante maior segurança ao investidor que deseja ingressar no mundo das criptomoedas.

Quais são as vantagens e desvantagens das exchanges?

O mundo das criptomoedas é muito vasto e permite diversas formas de comprar e venda dos ativos. Porém, ao utilizar uma exchange você terá acesso a um leque de opções de criptomoedas, não ficando refém de apenas alguns criptos ou de fundos e ETFs.

Outra vantagem é o baixo valor para investimento, já que não é preciso ter volume suficiente para entrar em fundos de criptomoedas e, na maioria das criptomoedas, é possível comprar frações do ativo.

A última vantagem é a segurança, uma vez que por ser a intermediadora da negociação entre vendedor e comprador, ela se compromete a liquidar a operação.

No que diz respeito às desvantagens, a primeira delas é o elevado número de ataques hackers a essas plataformas em busca das criptomoedas que estão sob sua custódia e não em carteiras, sejam elas físicas ou digitais.

Além disso, soma-se aos ataques a dificuldade de escolher uma criptomoeda para comprar, já que essas plataformas têm mais de 10 mil ativos sendo negociados e a falta de regulação.

Em relação à falta de regulação, ainda não existe uma jurisprudência certeira para tratar sobre esses ativos e sobre as intermediadoras, mesmo que elas informem à Receita Federal as movimentações, inexistente uma regulação por parte das autoridades do Sistema Financeiro Nacional.

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