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SEC adia mais uma vez decisão sobre ETF de bitcoin da BlackRock e outras gestoras

Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos não nega e nem aprova ETF cripto inédito no país mesmo após carta de congressistas citando “discriminação”

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 28 de setembro de 2023 às 19h26.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) adiou mais uma vez a decisão sobre os ETFs de bitcoin à vista solicitados pela BlackRock, Invesco, Valkirye e Bitwise.

“A instituição de procedimentos é apropriada neste momento, tendo em vista as questões legais e políticas levantadas pela mudança de regra proposta”, disse a SEC em um documento apresentado ao Valkyrie Bitcoin Fund.

“A instituição do processo não indica que a Comissão tenha chegado a quaisquer conclusões com respeito a qualquer uma das questões envolvidas”, acrescentou.

O bitcoin não enfrentou volatilidade após a divulgação do adiamento da SEC e está cotado a US$ 26.991 com alta de 2,7% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinGecko.

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À solicitação da Valkyrie, a autarquia ainda pediu por comentários sobre a liquidez e a transparência do mercado de bitcoin e a sua suscetibilidade à manipulação, além de detalhes sobre como o compartilhamento de vigilância com a corretora Coinbase detectaria e investigaria fraudes. Houveram pedidos semelhantes às outras solicitações adiadas.

Os comentaristas têm 21 dias para enviar dados, opiniões e argumentos por escrito, e depois há outro período de 35 dias para refutações, o que sugere que o processo de aprovação se arrastará por pelo menos mais alguns meses.

No início da semana, a SEC também adiou a decisão sobre o ETF de bitcoin à vista da Ark Invest, gestora de Cathie Wood, megainvestidora conhecida como a “queridinha de Wall Street”. Wood acredita que o bitcoin pode chegar à US$ 1 milhão.

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ETF de bitcoin à vista nos EUA

Ainda inédito no país, um ETF de bitcoin à vista poderia trazer até R$ 150 bilhões para o mercado cripto, segundo especialistas da Bernstein. O fundo de índice oferece uma alternativa regulada de exposição à criptomoeda. No Brasil, já é possível investir em ETFs de bitcoin, ether e diversas outras criptomoedas.

No entanto, tudo depende da decisão da SEC que, sob o comando de Gary Gensler, já se envolveu em diversos processos judiciais e polêmicas sobre o assunto.

Com o envolvimento de gigantes do mercado financeiro como a BlackRock, maior gestora de ativos com US$ 7 trilhões sob gestão, muitos especialistas e investidores se tornaram otimistas de que a aprovação ocorreria. Segundo a Bloomberg, a chance disso acontecer atualmente é 75%.

Apesar disso, Gary Gensler se posiciona fortemente contra o avanço do mercado de criptoativos no país. Recentemente, membros do Congresso norte-americano enviaram uma carta ao presidente da SEC pedindo pela aprovação “urgente” de um ETF de bitcoin à vista, citando uma possível “discriminação” por parte da autarquia.

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