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Bitcoin é um 'Labubu digital' sem valor, diz executivo da Vanguard

Executivo da segunda maior gestora de ativos do mundo criticou criptomoeda e apontou falta de valor intrínseco do ativo

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 12h21.

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A Vanguard, segunda maior gestora de ativos do mundo, ficou famosa por adotar uma postura crítica contra as criptomoedas, e ela não parece estar disposta a mudar tão cedo. Recentemente, um executivo da empresa voltou a criticar o bitcoin, afirmando que o ativo seria um "Labubu digital".

John Ameriks, atual head global de Quantitative Equity da Vanguard, compartilhou o comentário na última sexta-feira, 12, em um evento nos Estados Unidos. O executivo disse que ainda não conseguia enxergar características na criptomoeda que a tornariam um bom investimento de longo prazo.

Para Ameriks, o bitcoin não teria um valor intrínseco, o que o tornaria semelhante aos Labubus, pelúcias colecionáveis que se tornaram uma das maiores tendências globais de 2025. O executivo acredita que os valores desses ativos seriam determinados mais por hype e especulação do que por fundamentos.

"É difícil para mim pensar sobre o bitcoin como algo além de um Labubu digital", comentou. Entretanto, a opinião pessoal de Ameriks e outros executivos da gestora não parece ter impedido um movimento recente da Vanguard de aproximação com o mercado cripto.

A gestora chegou a proibir a oferta dos ETFs de bitcoin e outras criptomoedas em sua plataforma de investimentos, mas acabou mudando de opinião. Neste mês, ela anunciou que investidores poderão ter acesso aos produtos de investimento.

Ameriks explicou que a novidade não representou uma mudança na opinião da Vanguard sobre as criptomoedas. "Nós permitimos que as pessoas tenham e comprem esses ETFs na nossa plataforma se quiserem, mas nós não vamos aconselhá-los sobre o tema ou sobre qual criptomoeda ter".

O executivo não descartou a possibilidade do bitcoin apresentar valor em cenários específicos, como instabilidade política e alta inflação, mas disse que o histórico da criptomoeda ainda é muito curto para fundamentar uma tese de investimento.

"Se você consegue ver um movimento claro de preço nessas circunstâncias, então você pode falar de forma mais clara sobre uma possível tese de investimento. Mas você não tem isso ainda", argumentou.

A posição de Ameriks e da Vanguard diverge da estratégia adotada pela BlackRock, maior gestora do mundo e principal concorrente da empresa. A BlackRock não apenas criou ETFs de bitcoin como passou a incluir a criptomoeda em portfólios de investimento, com seu CEO reconhecendo o valor e potencial do ativo após anos de críticas.

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