Ciência

Vacina de 100 anos é estudada para combater coronavírus

A vacina para tuberculose é analisada para identificar se pode funcionar para amenizar sintomas da covid-19

Vacina: cerca de 100 projetos de vacina são estudados no mundo para evitar contágio da covid-19 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Vacina: cerca de 100 projetos de vacina são estudados no mundo para evitar contágio da covid-19 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 11 de maio de 2020 às 18h22.

Última atualização em 12 de maio de 2020 às 15h10.

Uma vacina usada desde 1921, há quase 100 anos, é estudada para combater o novo coronavírus. A vacina bacilo Calmette–Guérin (BCG) é conhecida por ser eficaz contra a tuberculose, mas também pode reduzir o risco de morte por diferentes vírus e bactérias.

O Instituto Telethon Kids, na Austrália, se interessou na possibilidade de a vacina ser eficaz contra o novo coronavírus e prepara ensaios clínicos para avaliar seu desempenho.

Pesquisadores do instituto publicaram um estudo sobre o uso de vacinas BCG em roedores.

O que eles observaram foi o aumento de neutrófilos, células sanguíneas leucocitárias, que integram o sistema imune inato, o primeiro a reagir contra a infecção do coronavírus.

Muitos dos efeitos negativos à saúde podem acontecer em razão da resposta adaptativa do sistema imunológico, quando acontece a tempestade de citocinas, um fenômeno que afeta tanto as células infectadas quanto as saudáveis.

Em tese, com uma resposta inata mais forte, o vírus poderia ser eliminado mais rapidamente, acelerando a recuperação de pacientes infectados.

No entanto, por ora, ainda não há nenhuma evidência a respeito da eficácia da vacina BCG contra o novo coronavírus.

No mundo, mais de 100 vacinas são estudadas para prevenir a infecção do novo coronavírus.

Na Universidade de Oxford, no Reino Unido, os pesquisadores estimam que a primeira vacina pode ficar pronta em setembro, se tudo correr como esperado.

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