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Direção Sul: conheça três cafeterias em Brasília

O lado sul da cidade reserva excelentes opções de cafés. Confira quais valem a visita

 Acervo Casapark: qualidade em um ambiente aconchegante e moderno (Carolina Gehlen/Exame)

Acervo Casapark: qualidade em um ambiente aconchegante e moderno (Carolina Gehlen/Exame)

Carolina Gehlen
Carolina Gehlen

Head of Design

Publicado em 24 de agosto de 2024 às 07h27.

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A tapeçaria Vegetação do Planalto Central, formada por cinco peças em lã e com 25 metros de largura, foi criada pelo paisagista Roberto Burle Marx e tecida pelo ateliê de Norberto Nicola durante 18 meses. Exposta na Sala Brasília do Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, reflete as cores e as formas da vegetação típica de regiões áridas, com predominância de tons terrosos e formas geométricas que imitam troncos finos e cactos.

A tapeçaria lembra muito as cores de uma fazenda de café. As plantações, as folhas verdes, solos marrons e beges, os frutos em tons de amarelo, laranja e vermelho, compartilham uma paleta e grafismos que ressoam com os elementos visuais da obra.

Tapeçaria Vegetação do Planalto Central: formada por cinco peças em lã e com 25 metros de largura (Carolina Gehlen/Exame)

Vale a pena ver não apenas a tapeçaria mas também visitar o Palácio Itamaraty, obra do arquiteto Oscar Niemeyer e do engenheiro Joaquim Cardozo. Para tornar a visita ainda mais agradável, complemente com um passeio pelas cafeterias da cidade. Descubra as opções que ficam na parte sul de Brasília:

Café Belini

A cor verde chama a atenção de quem passa pela quadra 114, na Asa Sul. É na loja 07 que fica o Café Belini. Recentemente reformado, foi reinaugurado em dezembro de 2023.

A inspiração para o novo visual veio da própria cidade. O objetivo era que a casa estivesse ainda mais conectada com a Superquadra 114, que fica ao lado do café. Quando Brasília foi planejada, as Superquadras deveriam servir como espaços de convívio para os moradores e integrar melhor o comércio local. Originalmente, a ideia era que a área comercial, que hoje fica no fundo, fosse a fachada e que fosse separada dos blocos residenciais por jardins.

Café Belini: recentemente reformado, foi reinaugurado em dezembro de 2023. (Carolina Gehlen/Exame)

A SQS 114 é uma das poucas de Brasília com os jardins preservados e um espaço para se caminhar. “Então pedimos para as arquitetas para tentar integrar e aproveitar bastante o verde abundante que temos. Daí vieram os janelões, mais portas, muita luz e as paredes branquinhas”, afirma a empresa.

Com o projeto de arquitetura desenvolvido pela Orla Arquitetura e design gráfico assinado pelo estúdio de design Sarau, focado em identidades visuais, e pela agência especializada em marketing estratégico e branding, ind studio, o ar jovem dá o tom à cafeteria, que também é uma torrefadora.

A máquina que torra os cafés e os pacotes para viagem ficam logo na entrada e chamam a atenção junto das canecas e ecobags da marca.

A Belini começou em 2001 e, desde o início, decidiu torrar seu próprio café, sendo a segunda empresa no Brasil a adotar essa prática na época. Eles obtêm seus grãos de produtores parceiros de diversas regiões, como sul de Minas, Serra da Canastra, Mogiana e Montanhas do Espírito Santo. Entre os parceiros estão o Sítio Armadillo na Canastra, a Morada da Prata em Batatais (SP) e a Mantissa no sul de Minas.

Café Belini: cardápio bem servido (Carolina Gehlen/Exame)

Café coado no coador de pano, filtrado batch brew, V60, prensa francesa, espresso, americano, macchiato, pingado estão entre as opções do bem servido cardápio. O grão do dia filtrado na V60, que pode ser um Catuaí vermelho, produzido na Serra da Canastra, sai por R$ 12,90 a xícara de 200ml.

Para acompanhar, uma boa opção são os ovos pochet com coalhada caseira de kefir, com azeite harissa, sementes tostadas e baguete sourdough multigrano, sai por por R$ 26. O baguete de pão de queijo na chapa, feito com queijo Canastra, por R$ 21, também é uma boa sugestão.

Por R$ 45 é possível levar o café em grãos do Márcio. Produzido na Fazenda Cetec, no sul de Minas, o Catuaí vermelho, plantado a 900 metros de altitude, traz notas de caramelo, chocolate e canela. O blend da casa custa R$ 36,25 e traz um sensorial de açúcar mascavo, castanhas e cacau. Vai bem para todos os métodos.

Endereço: CLS 114 BL B Loja 07
https://www.instagram.com/belinicafe

Chico Banca e Café

A banca localizada na 207 Sul tem muita história em suas prateleiras. De origem familiar, o espaço que antes era apenas uma banca de jornal deu origem à cafeteria. Sem perder suas raízes, o local ainda vende muitas revistas, especialmente os gibis da Turma da Mônica e os coquetéis de palavras cruzadas e sudokus.

Fundada em 1979 por Chico, o primeiro permissionário do local, a banca e cafeteria, inaugurada em janeiro de 2024, é atualmente gerida pelo casal Júlia Aguillar e Pedro Rodrigues, neto de Chico. Após o falecimento do fundador, a família continuou a administração do negócio, que foi reformado durante oito meses e transformado no formato atual.

O projeto arquitetônico foi desenvolvido por Danilo Caldas e Luciana Canalli, arquitetos e proprietários da marca Quina Azulejaria — empresa que faz azulejos com uma estética própria, com grafismos coloridos e geométricos inspirados na cidade de Brasília. É possível comprar azulejos como souvenir no próprio espaço e vê-los decorando as paredes da banca.

Chico Banca e Café: projeto arquitetônico foi desenvolvido por Danilo Caldas e Luciana Canalli, arquitetos e proprietários da marca Quina (Carolina Gehlen/Exame)

No confortável e tranquilo ambiente, o café coado ou o espresso saem por R$ 7. Os grãos servidos são da marca Pilotis — Cafés Especiais, que desde 2018 torra e vende cafés em Brasília. A microtorrefação trabalha com cafés especiais e torras recentes. Além disso, uma porcentagem das vendas é destinada a projetos que fomentam a inovação e a sustentabilidade social e ambiental.

Para acompanhar os bons cafés, há uma infinidade de opções que valorizam e incentivam marcas de Brasília. Os bolos do dia — um dos itens mais pedidos do cardápio — e os pães recheados são da chef Ana Paula Sabbag, as drágeas que acompanham o espresso vêm da Amami Sweets, os pães são produzidos pela padaria La Paniere e os sorvetes são da Vai Bem.

Se estiver só de passagem ou parando para comprar uma revista, não deixe de pegar um café para viagem.

Café na banca: os grãos servidos são da marca Pilotis — Cafés Especiais, que desde 2018 torra e vende cafés em Brasília. (Carolina Gehlen/Exame)

Endereço: SQS 207
https://www.instagram.com/chicobancaecafe/

Cafés Pilotis
https://cafepilotis.com/

Quina Azulejaria
https://quinaazulejaria.com.br/

Acervo Café & Roastery

Localizada na SGCV Sul, fora do Plano Piloto de Brasília, a unidade do Acervo Café no segundo andar da Livraria Travessa, no Espaço Casapark, oferece uma experiência única para quem gosta de café. Eleito a melhor cafeteria do Brasil pela revista especializada em gastronomia Prazeres da Mesa, o Acervo se destaca pela combinação de qualidade, design e conforto.

Fundada em 2017 por Paulo Lins, a marca teve início de forma humilde em Brasília, utilizando apenas a varanda do prédio que hoje abriga sua torrefação. Com um moedor manual, Lins começou a preparar e servir as primeiras doses de café, conquistando rapidamente uma clientela fiel atraída pela qualidade e pelo cuidado na preparação das bebidas.

Ao longo dos anos, a marca consolidou seu compromisso com a excelência, trabalhando com os melhores cafés e equipamentos disponíveis no mercado. Todo o processo, desde a colheita até a preparação dos grãos, é realizado internamente, garantindo transparência e um alto padrão de qualidade em cada xícara servida.

Acervo Café: localizada no segundo andar da Livraria Travessa, no Espaço Casapark (Carolina Gehlen/Exame)

Inaugurada em 2021, a cafeteria do Casapark fica a apenas 15 minutos da Esplanada dos Ministérios e apresenta um ambiente moderno e sofisticado. O espaço conta com um balcão projetado sob medida em parceria com a Marcenaria Vírgulazero e mobiliário de renomados artistas brasileiros, proporcionando aos clientes um local aconchegante e refinado para desfrutar de uma boa xícara de café.

No cardápio dedicado aos filtrados é possível encontrar por R$ 29 o café de Josimar Peisino, com notas de rapadura, mel, cidreira e flor de jabuticaba. Já o café de Jamilson Cezatti, por R$ 39, traz notas de pêssego em calda, jasmim, lichia, limão e vinho branco. O café vem numa espécie de Erlenmeyer e o elegante copo de porcelana líquida queimada a 126°C é uma colaboração com a artista Heloisa Galvão.

Há também filtrados de lotes raros e internacionais, é só perguntar ao barista.

Acervo Café: cardápio dedicado aos filtrados (Carolina Gehlen/Exame)

Para acompanhar, o waffle de pão de queijo com manteiga marrom feito na casa, que custa R$ 19, é uma ótima opção. Ou ainda o pan com tomate com queijo da canastra, por R$ 35.

Para levar, os belos pacotes de café, custam a partir de R$ 79, 200g. Há opções ainda mais exclusivas, como as 150g do Guarani Daterra, baixo em cafeína e com notas de frutas tropicais, morango, iogurte e uva, por R$ 139.

Acervo: café vem servido em numa espécie de Erlenmeyer e o elegante copo de porcelana líquida queimada a 126°C é uma colaboração com a artista Heloisa Galvão. (Carolina Gehlen/Exame)

Endereço: SGCV Sul, Sgcv Lt 12/2
https://www.acervocafe.com
http://www.instagram.com/acervocafe

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