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Trends: Posts interativos e a arte de engajar

Em 2023, não basta produzir conteúdo e chamar a atenção, tem que fazer participar

Chamar a atenção não basta (KristinaJovanovic/Thinkstock)

Chamar a atenção não basta (KristinaJovanovic/Thinkstock)

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Publicado em 16 de junho de 2023 às 16h00.

Por Alexandre Loures e Flávio Castro*

Herbert Simon, ganhador do Nobel de Economia em 1978, muitas vezes descrito como "o pai da economia comportamental", desenvolveu o conceito da racionalidade limitada. Uma de suas citações diz que a informação consome a atenção e muitos conteúdos ofertados produzem uma pobreza de atenção. É necessário alocar essa atenção com eficiência para que a superabundância de fontes possa ser consumida. Somos limitados ao tomar decisões porque nem sempre conseguimos processar informações necessárias para uma escolha assertiva.

Além do mais, o celular que fincou residência em 99,5% das casas brasileiras, virou uma extensão quase biológica da vida moderna e é por meio dele que consumimos a maior parte do conteúdo.

Isso, por mais que não seja tão novo, no cenário mercadológico a conexão mais direta com o público virou um microcosmo de potenciais interações que vão desde a comunicação com amigos, familiares, até a aquisição de produtos ou serviços. Nessa trama digital, o conteúdo não é apenas o rei, mas o arquiteto de uma experiência imersiva que convida, e precisa, do público à participação ativa. Chamar a atenção é lição de casa, mas não basta. É preciso fazer participar. O conteúdo interativo é uma poderosa ferramenta que, ao se estender, não apenas alavanca o engajamento inicial, mas também atrai o cliente para um relacionamento mais profundo e prolongado. Afinal, o tempo é precioso e os usuários necessitam de motivações robustas para investirem na conexão.

Isso representa que somente marcas munidas de orçamento de marketing colossais podem se destacar na concorrência? Definitivamente não. Empresas de todos os portes podem impulsionar participação em campanhas, envolvimento do cliente e lealdade, sem a necessidade de comprometimentos orçamentários, mas de muita criatividade e pesquisa.

No fluxo constante de mensagens de marca que inundam os consumidores, apenas algumas conseguem tecer uma conexão duradoura e autêntica. Esse elo é que distingue sua marca das demais, catalisando vendas, receita e crescimento. O engajamento assume protagonismo no palco do marketing.

Postagens interativas, esses diálogos digitais engajantes que incorporam elementos como questionários, enquetes, jogos, tornam o público protagonista da narrativa da mídia social.

Para ultrapassar esses limites das redes sociais, essas postagens remetem os espectadores a páginas de destino dedicadas a conteúdos mais extensos e imersivos, proporcionando uma experiência enriquecedora. Muitas marcas têm triunfado na arte de provocar o usuário a ‘entrar no jogo’. Jogos, enquetes, questionários, testes desencadeiam nossa pulsão por competição, desafios, recompensas e diversão.

Essas marcas encantam o público e elevam significativamente as taxas de interação porque as pessoas estão buscando se envolver e participar mais com aquilo que escolhem.

Se escolher é cada vez mais difícil, quem oferece diversão e entretenimento está à frente da concorrência.

Esse diferencial de propor experiências mais reais gera aprimoramento nas relações. Clientes motivados, se tornam fiéis.

Fiéis tendem a recomendar aquilo que gostam.

Recomendações significam indicações positivas. Advogados da marca são criados assim.

*Alexandre Loures e Flávio Castro são sócios do Grupo FSB

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