Redação Exame
Publicado em 14 de abril de 2024 às 16h13.
Última atualização em 14 de abril de 2024 às 16h20.
A Força Aérea Brasileira (FAB) disse, neste domingo, 14, que está preparada para atender "quaisquer demandas de resgate de brasileiros nas áreas de conflito", após o ataque do Irã contra Israel no sábado, 13.
Em nota divulgada no período da manhã deste domingo, a FAB diz que "mantém-se em constante prontidão, com suas tripulações e aeronaves, para se fazer presente onde o Brasil precisar".
De acordo com a FAB, o preparo não diz respeito apenas à prontidão a missões específicas, mas também à necessidade de realizar uma nova missão de repatriação de brasileiros em Israel.
No ano passado, após ataques do grupo Hamas contra Israel, o governo brasileiro deu início a uma operação para repatriar os cidadãos brasileiros que encontravam-se nas áreas de maior perigo. A operação foi denominada "Operação Voltando em Paz".
O Irã enviou mais de 300 mísseis e drones para atacar o território de Israel no sábado. A ação iraniana foi uma retaliação ao bombardeio do consulado do país na Síria no último dia 1º de abril, que causou, entre outras, a morte do comandante da Guarda Revolucionária do Irã. As tensões entre o Irã e Israel aumentaram desde o início da guerra em Gaza, em outubro.
O país afirmou que o ataque a Israel foi em "legítima defesa" e citou o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas. A Missão Diplomática do Irã disse ainda que considera o assunto "encerrado" e advertiu para que os Estados Unidos fiquem longe da situação. Os iranianos afirmaram também que caso Israel decida revidar, a resposta do Irã será "mais severa".
Autoridades do Irã afirmaram ainda que notificaram países vizinhos que iria realizar os envios. Os drones demoraram horas até chegar ao alvo. Com isso, o Domo de Ferro israelense e aliados do país, como Estados Unidos e Reino Unido, interceptaram os projeteis quando sobrevoavam a Síria e a Jordânia. Israel disse que interceptou 99% dos mísseis e drones, sem graves consequências ao país.