Mundo

Israel afirma ter interceptado 99% dos mísseis e drones lançados pelo Irã e avalia resposta militar

Gabinete de segurança de Israel autorizou o Gabinete de guerra a tomar decisões, eliminando a necessidade de aprovação prévia e agilizando o processo

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 14 de abril de 2024 às 08h32.

Após ser alvo de mais de 200 drones e mísseis do Irã, interceptados em sua "grande maioria" sem graves consequências, Israel prometeu resposta aos ataques iranianos sofridos neste sábado. A ação de Teerã foi uma retaliação à agressão atribuída a Israel contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco no início do mês, causando a morte de membros da Guarda Revolucionária, força de elite iraniana.

Segundo a emissora israelense Channel 12, o Gabinete de segurança de Israel autorizou o Gabinete de guerra a tomar decisões em resposta ao ataque do Irã, eliminando a necessidade de aprovação prévia e agilizando o processo.

"O regime no Irã enviou um grande enxame de mais de 200 drones assassinos, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro," disse o porta-voz das Forças Armas de Israel, Daniel Hagari, em um comunicado, acrescentando que apenas uma pessoa, uma menina de 10 anos, ficou ferida no ataque.

Em um comunicado separado, o Exército israelense afirmou que "dezenas de lançamentos de mísseis de superfície para superfície" foram identificados se aproximando do território israelense, sendo a maioria interceptada antes de cruzar para Israel. Dezenas de caças israelenses estão atualmente em operação para interceptar "todas as ameaças aéreas" se aproximando de Israel, acrescentou o comunicado.

Sirenes de ataque aéreo soaram em vastas áreas do Sul de Israel, na Cisjordânia e nas Colinas de Golã. O governo também enviou alertas sobre possíveis mísseis chegando ao Deserto de Negev, onde uma das diversas bases militares na região foi atingida "sem danos maiores", disse o porta-voz.

Paralelamente, o Hezbollah libanês e os rebeldes houthis do Iêmen, ambos aliados de Teerã, realizaram seus próprios ataques contra Israel, numa ação aparentemente coordenada do chamado Eixo da Resistência. O primeiro disparou foguetes contra as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, e os últimos lançaram drones em direção ao território israelense.

O ataque semeou o pânico nas ruas de Israel, há mais de seis meses em guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

"Como vocês podem ver, está tudo vazio, todos estão correndo para casa", declarou à AFP Eliyahu Barakat, um comerciante e 49 anos do bairro de Mamilla, em Jerusalém.

Mais cedo, em paralelo aos primeiros sinais dos ataques, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse enfaticamente que Israel está preparada para "qualquer cenário, tanto na defesa quanto no ataque". "Estabeleci um princípio claro: quem nos ferir, nós os feriremos. Defenderemos contra qualquer ameaça e faremos isso com calma e determinação", disse em mensagem gravada à nação.

Acompanhe tudo sobre:IsraelConflito árabe-israelenseIrã - PaísIrã

Mais de Mundo

Furacão Helene: mortes passam de 60 e milhões de pessoas fica sem energia elétrica nos EUA

Exército de Israel diz ter matado outro comandante do Hezbollah no Líbano

Missão da SpaceX foi ao resgate de astronautas presos na ISS

Após morte de Nasrallah, Netanyahu afirma que “trabalho ainda não está concluído”