(Images By Tang Ming Tung/Getty Images)
Carolina Riveira
Publicado em 12 de setembro de 2020 às 08h15.
Com diferentes técnicas de produção e acordos com governos locais, a vacina chinesa, da Sinovac, a russa, do Instituto Gamaleya, e a inglesa, da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, estão na última e terceira fase de testes para comprovar a propriedade de imunização contra a covid-19.
Ainda é incerto afirmar uma data exata para que a vacina chegue pronta ao Brasil e seja capaz de imunizar toda a população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não espera uma ampla vacinação até meados de 2021.
Apesar disso, autoridades brasileiras e executivos das empresas afirmam que é muito provável que até o fim de 2020 o país comece a receber as primeiras doses.
Mesmo com a interrupção na fase de testes em todo o mundo, o presidente da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que a vacina ainda pode ficar pronta neste ano. Em entrevista ao The Guardian, Soriot disse que não sabe ao certo quando os testes retornarão, uma vez que isso depende da avaliação do comitê responsável pela vacina. Se atrasar, ele acredita que a vacina ficará pronta “no máximo no começo do ano que vem”.
O imunizante britânico é a aposta do governo brasileiro no combate à pandemia do coronavírus. No começo de agosto, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória que abriu crédito orçamentário de 1,9 bilhão de reais para assegurar a compra de 100 milhões de doses e posterior produção local do imunizante.
Outra candidata para chegar ao Brasil é a vacina do laboratório chinês Sinovac. Os testes, importação e produção são encabeçados pelo governo de São Paulo, por meio do Instituto Butantan. Em um primeiro estudo preliminar, a eficácia ficou em 98% no grupo de voluntários acima de 60 anos, os mais vulneráveis à doença.
Caso estes resultados se confirmem ao final da testagem, o estado prevê receber 46 milhões de doses da vacina já pronta e disponibilizar no Sistema Único de Saúde ainda em dezembro de 2020, dependendo da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou na última sexta-feira, 11, a assinatura de um acordo com o fundo soberano da Rússia, que prevê o fornecimento de 50 milhões de doses da vacina contra a covid-19.
Segundo o governador, se aprovada pelos órgãos responsáveis, a vacina russa poderá ser fornecida para todo o Brasil, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e tem a possibilidade de entrega a partir de novembro de 2020.
O prazo é diferente do governo do Paraná, que também tem um acordo semelhante com o instituto russo Gamaleya. Na previsão paranaense, a vacina só deve chegar nos primeiros meses de 2021.
Independentemente da data, é preciso que haja uma vacina segura, que passe por todos os testes necessários, tenha o aval dos órgãos sanitários brasileiros e seja acessível a toda a população.